Seja Bem Vindo ao meu Portfólio de Aprendizagens!

Espero receber sempre sua visita!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mundo imaginário

Assistindo o vídeo oferecido pela interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=RN7WMDSdQKI) passei algum tempo imaginado como seria o meu dia-a-dia se eu vivesse neste mundo criado especialmente para pessoas com necessidades especiais. Confesso que senti-me um tanto egocêntrica por nunca ter imaginado tal ambiente. Pois esta situação é realidade para as pessoas deficientes. Elas vivem em um mundo preparado especialmente para as pessoas ditas “normais”.
A partir deste novo ponto de vista que estabeleci passei a entender melhor as dificuldades que um portador de deficiência enfrenta. Um simples subir de escadas ou passar por uma porta estreita que aos nossos olhos nos parece tão acessível, para um deficiente físico, por exemplo, pode significar um grande obstáculo.
Por falar em deficiente físico lembrei-me de um fato ocorrido em uma das escolas onde estou inserida. Um menino de 8 anos de idade que freqüentava o barzinho de uma escola várias vezes por mês era deixado pela sua professora na porta da cantina de onde fazia seus pedidos. Certo dia, perguntei a ele se gostaria de entrar, logo com sua espontaneidade que encanta os que o rodeiam me respondeu que sim. Com dificuldade, pois no lugar não há rampa de acesso consegui subir sua cadeira de rodas...
Tiago (nome fictício) ficou encantado ao perceber que entrando no barzinho podia ENXERGAR tudo que havia lá dentro. Com esforço ergueu-se em sua cadeira apoiando os braços sobre ela para ver o que havia atrás do balcão. Deste dia em diante cada vez que Tiago quer ir até a cantina logo me pede para ajudá-lo a entrar.
“Além suas limitações físicas que o impedem de andar, Tiago se tornava sem entrar na cantina metaforicamente falando um deficiente visual.”
Este acontecimento me fez refletir:
Quantas vezes a super proteção ou até mesmo o descaso com as pessoas portadoras de necessidades especiais as tornam ainda mais “deficientes” do que realmente são?

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Lizi, adorei teu relato... interessante como a mudança de olhar, de ponto de vista te fez perceber situações que antes passariam despercebidas; e o melhor de tudo é que isso te ajudou a tomar atitudes que, com certeza, fizeram a diferença para essa criança. Parabéns!!! Continue postando suas reflexões e histórias aqui. Beijos, Rô Leffa