Filme o Clube do Imperador

Assistindo o filme “O clube do imperador” bem como realizando a atividade solicitada pela interdisciplina Filosofia da Educação sobre o mesmo, pude observar as atitudes do professor Willian Hundert, onde ele tenta moldar a personalidade de seus alunos usando em suas aulas os bons exemplos dos personagens históricos da cultura greco-romana.
Este drama retrata bem o espaço da sala de aula tradicional organizada por um professor que ainda possuí em sua ideologia a idéia de que é possível tratar seus alunos como “pequenos robôs” que saem da escola moldados de acordo com princípios éticos morais na qual a sociedade necessita no momento.
O que me deixa surpresa no filme refere-se às atitudes deste professor, pois de inicio parecia aplicar sua “doutrina” baseado em princípios ligados diretamente aos bons exemplos. Homem honesto, de caráter puro e singelo, Hundert passa por muitos conflitos morais depois que recebe em sua sala de aula o filho de um senador milionário, um dos maiores financiadores da escola: Sedgewick Bell.
O professor Willian Hundert enfrenta o arrogante Bell, acreditando que poderia mudar seu caráter, deposita nele toda sua confiança e após algum tempo observa grandes progressos neste aluno.
Posteriormente, em uma das cenas mais marcantes em meu ponto de vista acontece na escola o concurso “Senhor Julio Cesar”. Analisando os trabalhos de seus alunos para a classificação de três finalistas o professor Willian Hundert, percebe que Sedgewick Bell fica em quarto lugar, sendo obviamente desclassificado. Mas o professor resolve alterar esta classificação e coloca-o na final, ignorando o aluno que teria o mérito do terceiro lugar. Neste momento percebi que o professor vive um grande conflito moral, pois conclui que Bell apresenta notáveis melhoras comprovadas através de seu esforço nos estudos dos conteúdos e grandes mudanças comportamentais, portanto, também merece ser classificado e resolve assim torná-lo finalista.
Mas o preço para tanto esbarra em sua conduta moral como pessoa e como professor, utiliza-se dessa forma em minha opinião de mecanismos incorretos, pondo em questão sua honestidade, ética profissional e desviando-se de seu caráter puro e singelo. Fico imaginando que sentido teria neste momento para este homem a frase que tanto gosta de falar a seus alunos: "O caráter de um homem é o seu destino". Não estaria ele comprometendo seu destino ao forjar a classificação de Bell?
Atitude que considero extremamente incorreta, pois, se utilizou de interesses pessoais como a aproximação com Bell e seu pai um famoso senador para tomar sua decisão.
Nós professores jamais devemos esquecer que somos espelhos aos olhos de nossos alunos, por isso partir do bom exemplo é uma das melhores “metodologias” de ensino.
2 comentários:
Oi Lizi,
Construímos nossos princípios éticos e morais a partir de nossas experiências ao longo da vida e a partir de nosso convívio com familiares, amigos, colegas. Por isso, concordo contigo quando afirmas que, como professores, temos que servir de exemplos para nossos alunos, mesmo porque todas as nossas ações são reveladoras dos nossos princípios morais. Mas é importante compreender também que aquilo que é tomado como 'moralmente correto' para uns, pode não ser para outros. Seguimos conversando! Beijos, Rô Leffa
Sim, neste ponto entram as diferenças entre eu e o outro. É preciso haver respeito entre as diversas formas de pensar!
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