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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Os questionamentos do capítulo 7 (Encantos para sempre) de Ana Maria Machado proporcionaram-me refletir e relembrar algumas perguntas que já havia me feito há algum tempo sobre contos de fada:Não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver?Será que estas narrativas não são muito bobinhas e antigas para as crianças de hoje, muito mais sofisticadas intelectualmente e mais informadas, em plena era dos computadores?Não é anti-ecológico apresentar o lobo como um vilão, já que se trata de uma espécie de animal ameaçada e que precisa ser protegida?Entre outras...mas no decorrer do semestre as leituras, experiências e atividades propiciadas pela interdisciplina Literatura Infanto juvenil me convenceram de que os contos de fadas não necessitam de questionamentos a respeito de sua adaptação a realidade de nossas crianças hoje, nem ao menos sobre sua “eficácia” hoje na moralização das mesmas.Contos de fadas são manifestações artísticas por meio de palavras que nos ajudam a entender a vida, a nos identificar com algum personagem sem necessidade de estarem ligados a formas educativas como era a Literatura infantil mate pouco tempo atrás.Mas tudo depende de que conta a história para que a porta do universo lúdico seja aberta...Várias são as técnicas de contação de histórias como observei na última aula presencial. Entretanto na minha opinião é fundamental acreditar na história que estamos contando, sem se importar, assim como quem a ouve, com a baleia que engole Pinóquio vivo sem machucá-lo... E principalmente como dizem as palavras da prof Max:- É preciso contar histórias com o CORAÇÃO!
Dessa forma proporcionamos aos ouvintes que façam um pacto de “distanciamento” do nosso mundo real e que entrem em um mundo completamente lúdico, imaginário onde tudo é possível!
A visita a VI Bienal, observação das obras e esclarecimentos sobre seus autores me possibilitou refletir sobre a arte hoje. Confesso que esperava encontrar obras bem diferente das que observei lá, como por exemplo, pinturas “exuberantes”, esculturas “lindas”, na qual eu jamais poderia construir algo semelhante.
No entanto o que observei me deixou bastante surpresa: quadros construídos com recortes de jornais, travesseiro revestido de vidro quebrado, pinturas em papelão com cores primárias, esculturas com colagem de pedaços de madeira entre outras obras... Proporcionou-me refletir e reestruturar meu pensamento sobre a arte.
Senti que a arte pode ser construída por qualquer pessoa e com qualquer material. Não é necessário ser um artista, nem ao menos ter materiais sofisticados, caros.
O que importa é o que o autor pensa para construir a obra e o que ela pode nos transmitir.



Por que você ouve tanta porcaria?
Este texto de Álisson Ávila extraído da revista Aplauso foi uma das leituras que mais me chamaram a atenção durante o terceiro semestre. Sua linguagem simples e bem argumentada proporcionou-me fazer uma profunda reflexão sobre as músicas que ouvimos hoje.
A partir da nossa segunda aula presencial, participação no fórum e leitura deste texto descobri que a mídia exerce papel ainda mais relevante sobre nossos gostos musicais do que eu pensava.
Entendi agora porque muitas vezes me indignava e desligava o rádio após ouvir várias e várias vezes alguma música que eu particularmente odiava. Sempre ficava pensando: Como uma música tão desqualificada pode estar entre as dez mais pedidas do dia?
Logo, se transforma na mais pedida, pois a gravadora “pede”, o povo saturado de ouvir a mesma música, acaba achando que adora e também “pede”.
Como afirma Edu K: Não é o gosto popular que estabelece isso...
Por isso estou tomando mais cuidado com as músicas que trabalho em sala de aula. Reforcei minha idéia de que as crianças não devem apenas ouvir no ambiente escolar aquilo que escutam em casa, nas festividades... E que “pensam” que gostam. É preciso oportunizar a elas ouvirem outras músicas, familiarizarem-se com outras melodias, talvez não tão conhecidas, embora muitas vezes com contextos e ritmos muito mais “ricos” do que as que estão habituadas a escutarem.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007




O texto: Aula de teatro é teatro? (Cleusa Joceleia Machado) me fez refletir sobre as aulas de arte de que eu participava quando criança. Tratava-se de um simples fazer artístico, construir algo com determinado material, salvo quando este já não chegava as minhas mãos “pronto” como os desenhos simplesmente para colorir.
Hoje a arte tem outro significado para min. Ao trabalhá-la com meus alunos procuro desenvolver atividades que explorem ao máximo sua criatividade no fazer artístico, que possibilite que eles façam a “leitura” das obras desde as mais conhecidas como as pinturas de Portinari, as de autores desconhecidos e suas próprias criações ou de sues colegas.
Contextualizando cada uma delas e procurando desenvolver a criticidade ao analisá-las.
Uma das formas de se "fazer arte na escola" é trabalhar com teatro!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007







Lendo um exemplo de Fernando Hérnandez, extraído de seu livro Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho pude ampliar minha visão sobre projetos que desenvolvemos na escola.
Às vezes sentia-me insegura quando no decorrer de um projeto acabava por mudar a maioria das atividades planejadas. Depois de refletir sobre a frase de Pareyson: “É um tal fazer que enquanto se faz, inventa o por fazer e como fazer”. Percebi que as atividades que planejava e eram substituídas posteriormente por outras cujo julgava serem mais importantes, interessantes e abrangentes na realidade constituíam o aperfeiçoamento de meu trabalho e não o resultado de “algo pouco ou mal planejado” como às vezes pensava. Deve-se levar em consideração que um projeto implica mudanças em seu desenvolvimento, do contrário não passa de um sistema “mecânico” de atividades a serem aplicadas.
Cito ainda as palavras de Martins (1998, p.162) que expressam claramente meu entendimento sobre projeto hoje:
“Um projeto na escola não pode ser comparado a um simples planejamento de atividades que deverão ser cumpridas, mas a certas intenções e possibilidades, em constante avaliação e replanejamento, aproveitando acasos, caminhando opostamente por outros caminhos em tentativas investigadoras e ousadas, sem nunca perder de vista os focos centrais que fizeram nascer o projeto”.



Lendo os textos propostos pela interdisciplina na temática 6 conheci melhor a história das Bienais, pois até então o que sabia sobre elas restringia-se apenas ao que a TV apresentava. Percebi que as Bienais tem um Curador-Geral (pessoa responsável pela pesquisa, seleção das obras a serem apresentadas). Neste ano assume este cargo o historiador de arte Gabriel Perez-Barreiro que organizou toda amostra em torno da metáfora central “A terceira margem do rio” do conto de João Guimarães Rosa. Esse conto possibilitou-me refletir sobre o espaço “entre”, o “meio” entre o certo e o errado, o novo e o velho, o claro e o duvidoso... Em que muitos casos deixamos de ver, observar, analisar, pois estamos habituados a gerarmos idéias exatas sobre o que vemos, ouvimos ou sentimos. É A ou B, é isto ou aquilo...
Deixamos de perceber dessa forma que uma outra realidade pode existir, é precioso para tanto ir mais além, pois a “terceira margem” abre a possibilidade para uma perspectiva independente, um espaço “entre” a partir do qual ambas as alternativas podem ser vistas, julgadas, consideradas como diz Gabriel Pérez-Barreiro.
Considero muito importante essa “preparação” para visitarmos a VI Bienal e fico feliz em saber que nossos professores também pensam como Camnitzer:
“... É preciso ver a escala, a sutileza da cor, a textura, as mudanças causadas pela circulação ao redor dela, os ecos entre uma obra e outra...”.
Pois isso como acrescenta ele, nenhum livro, nenhum computador é capaz de transpor.