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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ao ler o texto Conceito de jogo-brinquedo-brincadeira de Neusa Maria Carlam de Sá, aprimorei meu próprio conceito de jogo, esta forma de vivenciar relações humanas presentes desde o começo dos tempos, seja sob forma de rituais, mitos, trabalho, festividades ou divertimentos como afirma a autora.
Sendo o jogo para min uma atividade livre, voluntária, alegre e divertida onde o indivíduo vive situações estruturadas e estipuladas por ele mesmo ou por seus companheiros. Nesse predomina a realidade interna sobre a externa (representação simbólica), isto é, o lúdico, o imaginário. Além disso, o inusitado, a incerteza também são características do jogo, já que os jogadores nunca possuem todos os conhecimentos prévios das possibilidades de ação.
Diante de meu conceito sobre o jogo e da frase de Kishimoto:
Jogo só e jogo quando a criança pensa somente em brincar, mudei minhas práticas educativas que usava em sala de aula valorizando assim a liberdade de meus alunos na hora de jogar, já que se o jogo for imposto pelo professor deixa de ser jogo para ser uma tarefa obrigatória perdendo assim seu caráter lúdico.
Passei então a me colocar no papel de “intermediaria” das brincadeiras e jogos. Ás vezes participo de jogos livres criados por eles mesmos dando sugestões, fazendo questionamentos ou brincando junto. Em outros momentos os observo “discretamente”, (já que o jogo, a brincadeira é uma das melhores formas de se conhecer uma criança).
Dei a liberdade para que sempre que desejarem tragam de casa brinquedos (suporte para brincadeira, como afirma Kishimoto), coloquei uma “caixa de fantasias” na sala para usarem nas brincadeiras ou quando desejarem. Pois acredito que através da fantasia, do lúdico a criança experimenta situações que a ajudam a resolver certos conflitos (Como por exemplo: A criança que põe a boneca de castigo porque já foi castigada, isto é, está ao mesmo tempo assumindo o papel do adulto e superando um “problema pessoal”), e reconhecer o mundo onde vivem construindo de maneira prazerosa sua identidade.

Lendo e refletindo sobre o texto: Avaliação em Arte: Um bicho papão? Questionei-me a respeito do que Martins (1997, p.80) diz: “E preciso não esquecer que avaliação não pode ser apenas do educador”.
Diante da profunda reflexão que fiz mudei minha prática de avaliação na minha sala de aula, além dos critérios que já utilizava considerando a avaliação um processo continuo das aprendizagens e não somente o “produto final”, resolvi envolver meus alunos fazendo com que eles sejam sujeitos ativos do seu próprio processo de aprendizagem. Esta auto-avaliação se da através de registros semanais (ou diários se preferirem), onde cada aluno escreve o que considera de importante, o que aprendeu, sobre o que ainda tem dúvidas ou o que gostaria de aprender.
Através deste portifólio penso sentir e observar o mesmo que meus alunos ao registrarem suas evidências em seus diários.
Reflito sobre o que aprendi, como aprendi e os reflexos desta aprendizagem em minha vida.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Lendo os textos opcionais: O ensino de teatro na escola (Nádia Hertyer Mancuso) e Improvisação: “da espontaneidade romântica ao momento presente” (Gilberto Icle), refleti bastante a cerca de como a arte é vista na escola hoje.
Desde 1971 quando a arte foi incluída no currículo escolar com o titulo de Educação Artística tem se observado que ela é considerada muitas vezes por muitos profissionais da área de educação uma simples atividade artística e não uma disciplina.
Talvez esse descaso provenha da idéia de livre-expressão, de pensar que o que vem das crianças não passa de uma atividade espontânea, desinteressada sem grandes objetivos ou conclusões. Tais profissionais “despreparados” na minha opinião tornaram o ensino de arte algo pouco valorizado dentro das instituições educacionais.
Tornou-se comum a prática de atividades artísticas que se esgotam em si mesmas, sem qualquer reflexão sobre o que está acontecendo. Ainda observo em algumas escolas o teatro fundamentado em uma simples montagem de uma “pecinha” ensaiada previamente, onde se decora gestos e frases.
Concluo que o que falta nas escolas refere-se à oferta de oportunidade de qualificação dos profissionais ligados à educação.
Fico feliz em estar tendo essa oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre a arte, bem como entender sua importância no desenvolvimento do ser humano, transcendendo essas novas informações para a minha prática docente, trabalhando o teatro revestido de novas formas, através de jogos teatrais e dramáticos, envolvendo expressividade, agilidade, reflexão, atenção, tensão (“o estar pronto para agir ou para parar”) como acontece nas brincadeiras: Zip, Zap, O gato e o rato, Mamãe posso ir? Sessão de fotos etc... Na verdade já fazia isso, entretanto sem saber que tais atividades fazem parte do teatro, da improvisação, da liberdade de expressão.



Através da entrevista que assisti com a pscopedagoga Tânea Ramos Fortuna percebi que a importância do lúdico em nossa vida é ainda mais relevante do que eu esperava ser.
Segundo ela o indivíduo que brinca estabelece uma conexão, ou seja, uma relação consigo mesmo e com o mundo que o cerca oportunizando dessa forma uma experiência significativa, levando-o assim a construir sua própria identidade, sua aprendizagem interagindo com o meio onde vive de forma lúdica, prazerosa.
Refletindo a cerca desse assunto torne-me uma pessoa mais compreensiva comigo mesma, reservando semanalmente um tempinho para o lazer que havia deixado de lado devido às inúmeras tarefas diárias que realizo. Pois entendo que o lúdico é uma dimensão humana, extremamente necessária a qualquer ser humano e não apenas infantil.
Outro aspecto interessante ressaltado por Tânea no meu ponto de vista é em relação ao trabalho, uma das formas pelo qual se reveste o lúdico em nossas vidas. Segundo ela a extensão do brincar se manifesta em nos adultos através do bom humor, da criatividade, do brincar trabalhando. Sinto-me privilegiada, pois sei que para min o “brincar” faz parte do meu dia-a-dia.
O lúdico, o imaginário que já fazia parte de minha pratica docente tornou-se ainda mais presente, freqüentemente em minhas aulas estão inseridas atividades como: brincadeiras, poesias, jogos, teatro, danças, histórias e músicas possibilitando a construção do conhecimento envolvendo o prazer em aprender.