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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Através da primeira aula presencial da interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais e da leitura do texto: Do acaso à intenção em Estudos Sociais pude refletir bastante sobre a forma como trabalho com essa disciplina com meus alunos.
O que procuro ensinar em estudos sociais aos meus alunos de certa forma está ligado as minhas aprendizagens enquanto aluna das séries iniciais, pois partimos do reconhecimento do passado, de nossa realidade, dos problemas encontrados e do levantamento das respectivas ações para que estes sejam solucionados. Sendo que para tanto nós enquanto professores devemos instigar nossos alunos para que façam uma análise critica das situações que estão observando. Ou seja, interpretar a realidade a que estão expostos e conhecer também outras realidades que não fazem parte de nosso dia-a-dia , mas que fazem parte de nossa sociedade como um todo, pensando nas possíveis ações para a melhoria dos problemas encontrados.
Para mostrar a realidade a que nossos alunos estão submetidos, é necessário utilizarmos estratégias como saída de campo, pesquisas sobre determinadas culturas para que eles possam perceber a riqueza de diversidades culturais que nos cercam. Afinal devemos estar preparados para viver em sociedade não apenas no lugar, na comunidade onde vivemos.
Entretanto infelizmente ainda vejo em muitas escolas a simples repetição de conteúdos que os livros de estudos sociais trazem. São lembradas com ênfase datas comemorativas, generalizadas as culturas e muitas vezes até esquecidas fortalecidas pela opinião de que é fundamental apenas que o aluno conheça a realidade onde ele vive, esquecendo a diversidade cultural de nossa sociedade, pois sem abordar experiências humanas diversificadas, não é possível constituir posicionamentos atuantes e democráticos em nossos alunos.
Não estou dessa forma desconsiderando a importância do conhecimento da realidade do meio onde nossos alunos vivem, mas sim afirmando que esse conhecimento significa levar em conta a bagagem cultural deles e a partir desse ponto estabelecermos caminhos para o reconhecimento e análises de outras realidades.
Ciências
A primeira aula presencial da interdisciplina Representação do mundo pelas Ciências Naturais me proporcionou refletir bastante sobre o conceito que eu tinha sobre Ciências. Pensava que Ciências era tudo que estivesse relacionado com meio ambiente, natureza. Na verdade aperfeiçoei este conceito, pois a atividade proposta de representarmos através de desenhos alguns temas e os questionamentos do professor Marcelo Vettori me propuseram a idéia de que a Ciência está ligada a praticamente tudo no universo, é tudo aquilo que nós podemos intervir por exemplo: Há Ciência no ventilador, no motor do carro, nas crenças populares (mesmo que a maioria delas sejam equivocadas, ditas como verdades absolutas sem que haja questionamentos) e em tantas outras coisas que eu não havia parado para pensar.
Além disso a atividade desenvolvida com as palavras, assim como a leitura que realizei do texto: “Repensando o ensino de Ciências a partir de novas histórias da Ciência” de Russel Teresinha Dutra, proporcionaram-me pensar bastante sobre a importância de nós educadores realizarmos um diagnóstico dos conhecimentos de nossos alunos antes de iniciarmos um conteúdo novo, quais são seus conceitos, suas verdades em relação a determinado assunto, questionando-os e propondo-os atividades como a citada acima, já que todo novo conhecimento parte de conceitos que a criança construiu anteriormente. Para tanto é necessário que estes sejam provocados, questionados, confrontados com novas idéias e opiniões de demais colegas ou pessoas... A partir desse ponto o aluno é capaz de construir novas hipóteses e então novos argumentos para acreditar em seus conceitos ou novos conceitos.
Matemática
As atividades realizadas na interdisciplina de matemática me proporcionaram profundas reflexões. Lembrei-me quando criança adorava contar, organizar, separar meus brinquedos principalmente bonecas. Gostava muito de fita métrica e metro (instrumento utilizado por pedreiros e carpinteiros) , recordo-me que meus pais me repreendiam muito porque geralmente além de brincar, medir alturas e comprimentos eu também estragava esses materiais, mesmo assim teimava em usá-los. Também amava contar moedas, tinha uma lata cheia de moedas antigas e questionava minha mãe sobre os valores delas, contava-as e recontava-as várias vezes.
Penso que por gostar tanto de brincadeiras que envolvessem números, adições, seriação e classificação tenha tido um bom desempenho na disciplina de matemática logo nas séries iniciais. Infelizmente alguns de meus colegas de classe não tiveram o mesmo desempenho. Talvez a professora poderia ter trabalhado melhor noções matemáticas através de brincadeiras que envolvessem seriação, classificação, noções de tempo, dentro, fora, grosso, fino... Dessa forma provavelmente meus colegas de classe aprenderiam desde cedo como eu a gostar de matemática e conseqüentemente teriam melhorado seu desempenho.
Lembro-me também dos problemas matemáticos, resolvia-os com facilidade mas não gostava de seus enunciados, geralmente falavam de uma pessoa (que eu não conhecia), de um lugar (que não me interessava) e claro vinha acompanhado de uma pergunta (questionava-me: pra que responder isso?), diante disso o problema realmente se tornava um problema e não um desafio, algo interessante que eu tivesse curiosidade em descobrir por fazer parte de meu cotidiano.
É com base nessa experiência frustrada enquanto aluna que procuro ao trabalhar matemática com meus alunos fazer com que ela esteja diretamente relacionada com a vida cotidiana deles, assim essa disciplina deixa de ser o bicho-papão da escola para tornar-se um prazer, um brincar que prepara as crianças para resolver situações encontradas no cotidiano.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Apresentação final do terceiro semestre

Falar em público sem dúvidas é algo que requer certo hábito, como já citei em meu portfólio de aprendizagens. Assim como expor-se aos adultos é bem diferente do que conversarmos com nossos alunos em sala de aula. Entretanto no exercício de nossa profissão frequentemente realizamos esta atividade, pois participamos dentro da escola de reuniões com pais, professores, direção e encontros com a comunidade.
O que me deixou um pouco tensa na hora da apresentação foi o fato de estar sendo avaliada naquele momento. Acredito que tal situação resulta em certa inibição, timidez.
Mas a técnica que utilizei nesta apresentação me auxiliou bastante, pois através de obras de arte do pintor Fernando Botero, pude relatar grande parte do meu aprendizagem durante o terceiro semestre baseando-me no que os quadros me inspiravam e relacionando-os aos assuntos que abordei, sem no entanto sentir-me “presa” a certos sub-títulos como observei ter acontecido com alguns colegas.
Questiono-me a respeito da forma como apresentei meu trabalho final, pois ao contrário de muitas colegas não “ensaiei” minha fala em casa, talvez poderia melhorar meu desempenho oral se tivesse realizado essa tarefa. Entretanto me apoiei no que considero de relevante importância para qualquer estudante: Não é uma simples “decoração” de texto que vai mostrar o aprendizagem, essa aquisição de conhecimentos pode ser exposta de várias formas como por exemplo em nossa prática docente como explicitei em vários exemplos de sala de aula durante o semestre e até mesmo na síntese final. Mesmo assim (um pouco nervosa) considero que fiz um bom trabalho, consegui segundo as professoras e colegas que me avaliaram expressar de forma clara e objetiva minhas aprendizagens.
Outra dúvida que tenho é com relação aos conteúdos trabalhados de que eu já tinha conhecimento, como posso transpor esses conceitos para meu portfólio já que estes fizeram parte do semestre mas não foram novidade, ou seja em palavras bem simples: Eu acreditava que ... E continuo acreditando, pois tais textos e atividades reforçaram minha idéia... Senti falta de “espaço” para transpor essas idéias na síntese final, já que os questionamentos nos induziam para relatos no que mudou em nossa forma de pensar e de agir.
Penso que foi bastante válida a experiência, pois se há algo em que sentimos que podemos melhorar, nada melhor que exercitarmos nossas capacidades, uma forma de melhorar nossa auto confiança e conseqüentemente nosso desempenho.