Seja Bem Vindo ao meu Portfólio de Aprendizagens!

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Postagem única de dezembro


Considerações finais sobre o processo desenvolvido no blog / portfólio


Revisitar meu Portfólio de Aprendizagens é como folhar um velho álbum de fotografias. É como fazer uma viagem no tempo e voltar ao ano de 2006 quando criei este ambiente...
Sempre costumo dizer que quem registra fatos, acontecimentos, aprendizagens não esquece mais, ou melhor, se esquecer tem como lembrar! E é exatamente o que percebi ao revisitar as postagens dos Eixos I, II, III, IV, V, VI VII, VIII e realizar reflexões durante este semestre sobre as mesmas.
Durante minha caminhada no Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura Modalidade a Distância da UFRGS tenho como principal aprendizagem: o hábito de reavaliar minhas próprias certezas, de questionar o que tomo por verdades absolutas.
Esta mudança ocorreu através das atividades propostas pelas interdisciplinas, textos estudados e principalmente questionamentos de meus professores. No que se refere aos questionamentos levantados pelos professores do curso posso citar como exemplo marcante as intervenções realizadas aqui em meu blog Portfólio de Aprendizagens. As indagações me possibilitam reavaliar minhas postagens, por exemplo, quando afirmei em meu Portfólio de Aprendizagens durante o Eixo VII que me preocupo com o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados, fui questionada por um professor, se eu conheço algum caso que se enquadra nesta afirmação.
Para responder esta questão além de refletir sobre o que eu havia escrito, tive que argumentar com um exemplo: tinha um aluno que era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto, explicando ainda que o fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado. Desta forma caracterizei o modelo de letramento na qual me referi nesta postagem, destacando que este aluno é “fruto de uma escola” que se preocupa apenas com um tipo de letramento, ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.
Neste ambiente onde tenho liberdade para arrazoar minhas aprendizagens, dialogar com tutores e professores, posso também expressar minhas dúvidas e angústias como fiz no decorrer das postagens, por exemplo: ...”Não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver?” (Eixo III, Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem).
Segundo Albert Einstein: “O importante é não parar de questionar”, pois quando questionamos estamos sendo sujeitos críticos, curiosos e desacomodados. Características estas que considero fundamentais a qualquer indivíduo, principalmente para nós professores!

Terceira semana de novembro


É preciso acreditar e ser criativo


Revisitando uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao Eixo VIII (Interdisciplina Estágio Supervisionada Docência 06 a 10 anos) me chamou a atenção a seguinte afirmação que realizei:
“Estou bastante apreensiva com a questão do uso de tecnologias na educação, pois gostaria muito de trabalhar com esta questão em minha sala de aula. A escola onde faço estágio não possui computador para usarmos com as crianças... No entanto me questiono: Como deixar de trabalhar com as TICS na educação se elas estão tão presentes na vida cotidiana das crianças?”
Posso dizer que durante meu estágio docente superei juntamente com meus alunos este desafio. Para tanto foi preciso dedicação e criatividade.
Para enfrentar a falta de computadores para utilizar com meus alunos criei estratégias como: levar meu computador e internet para a escola praticamente todos os dias, confeccionar computadores de sucata (com teclados de verdade doados por uma loja de concertos de computadores) e utilizar a parede da sala para colar páginas impressas do blog criado com meus alunos. Além disso, na mesma escola pude ainda presenciar alternativas criadas por colegas de estágio que se encontravam na mesma situação (sem computador e internet para utilizar com os alunos), como por exemplo: criar blogs em papel pardo na parede da sala, confeccionar diários de bordo em pequenas cadernetas e criar de email através da caixa de correio da sala. Ou seja, utilizamos lógicas da web com os materiais disponíveis na escola.
Tais situações presenciadas durante meu estágio curricular comprovam que antes de tudo o professor precisa acreditar em si mesmo e utilizar sua criatividade improvisando com os materiais que estão ao seu dispor. Do contrário, lamentar que a escola não possui recursos, de nada adianta...
É preciso investir, desacomodar para alcançarmos nossos objetivos!!!

domingo, 14 de novembro de 2010




Segunda semana de novembro



Mudança de olhar


Esta postagem parte da afirmação citada abaixo extraída do eixo VII (Interdisciplina Seminário Integrador) e também da postagem anterior (primeira semana de novembro de 2010):
“... Um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido.”
Considero importante esclarecer que quando realizei esta afirmação minha visão de realidade do aluno se fundamentava no seguinte conceito:
Realidade do aluno é o meio onde o aluno está inserido, como família, comunidade ou município.
Logo quando meus alunos se interessavam por temas que não faziam parte do que entendo hoje como realidade cotidiana do aluno, eu julgava que o assunto a ser pesquisado não fazia parte da realidade deles. Por exemplo: quando surgiu o interesse de um aluno em pesquisar por que o tubarão tem uma barbatana nas costas, eu pensava que este tema não fazia parte de sua realidade, pois na comunidade onde o mesmo estava inserido não existe mar, conseqüentemente o tema tubarão não poderia ser considerado como parte da realidade do aluno.
Hoje após realizar meu estágio curricular, ler o livro: O que é realidade de João Francisco Duarte Júnior e construir meu TCC (O que é realidade do aluno) considero que:
Realidade do aluno é o que faz parte de sua linguagem, de seu vocabulário.
Com esta visão de realidade do aluno percebi que estava enganada quando pensava que o “tubarão”, assim como os vulcões e a cidade de Veneza citada na postagem anterior não faziam parte da realidade de meus alunos. Este novo olhar me possibilita entender que tudo que parte da curiosidade de meus alunos tem suas raízes fundamentadas na sua realidade de aluno.
Como citei em meu TCC: “não me não posso dizer que me envergonho de por muitos anos ter tido esta “precária” visão de realidade do aluno apenas como o meio na qual ele está inserido. Teria sim motivos para me envergonhar, se este questionamento (o que é realidade do aluno) nunca tivesse feito parte de minha vida enquanto aluna e enquanto professora.”

domingo, 7 de novembro de 2010

Professora Roberta!
Gostaria de relatar que até o momento não havia realizado postagens referentes ao tema de meu TCC (O que é realidade do aluno?) interligando com assuntos tratados nos semestres anteriores porque somente a partir do sétimo semestre é que tenho registros no presente portfólio de aprendizagens sobre o tema em estudo.
Também não encontrei leituras realizadas durante os semestres anteriores que tratem do tema realidade do aluno.


Primeira semana de novembro

Realidade do aluno: primeiras dúvidas

Tudo começou durante o Eixo VII quando realizei uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao trabalho com Projetos de Aprendizagens proposto pela Interdisciplina Seminário Integrador VII. Nesta, expus idéias sobre como os assuntos que desencadeiam os Projetos de Aprendizagens podem surgir na sala de aula. Entre estas colocações uma em especial me deixou bastante apreensiva, pois, afirmei que o tema de um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido. Passei a me questionar silenciosamente: que realidade é esta que o aluno de hoje está inserido?
Ainda na mesma postagem relatei que o aluno pode ter curiosidade em um assunto que não faz parte de sua realidade, como por exemplo, alunos brasileiros desejarem conhecer a cidade de Veneza, partindo de uma realidade muito “distante” para posteriormente criar vínculos com a realidade de seu cotidiano. E assim, mais uma dúvida fez parte de minha rotina enquanto professora: como posso julgar que um tema de interesse levantado pelos meus alunos não faz parte da realidade dos mesmos?
O tempo passou. Durante o oitavo semestre quando assumi a turma de primeiro ano em meu estágio docente em uma escola estadual de ensino fundamental a prática que vinha desenvolvendo anterior ao trabalho com Projeto de Aprendizagem em minha sala de aula, justificava meu modo de pensar sobre realidade do aluno, pois, estava trabalhando o caminho da escola até a casa, as diferenças entre meio rural e urbano, tipos de moradia, enfim, o que eu julgava fazer parte da realidade de meus alunos. Estava desta forma buscando partir de uma realidade encontrada na vida cotidiana de meus alunos para posteriormente inserir outras realidades, algo mais distante, como por exemplo, partir da realidade do município para realidade do estado, do país e assim sucessiva e gradativamente propunha partir do local para buscar o que parecia estar distante. E então, com esta precária visão de realidade do aluno fundamentada ainda em conteúdos preestabelecidos por séries como aceitar o desafio de pesquisar sobre vulcões, algo que eu julgava tão distante da realidade de meus alunos?
Foram estes embates que me levaram ao estudo da realidade do aluno e como se pode perceber tiveram suas origens relatadas durante sétimo semestre em meu portfólio de aprendizagens.