Seja Bem Vindo ao meu Portfólio de Aprendizagens!

Espero receber sempre sua visita!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Alfabetização de Adultos

Segundo Hara Regina no texto: Alfabetização de adultos: ainda um desafio, todos os adultos não escolarizados demonstram ter um conhecimento intelectual a respeito da escrita e que o que falta muitas vezes são condições apropriadas para que possam elaborar novos conhecimentos e reorganizarem o conhecimento que já possuem.

Esta afirmação em meu ponto de vista é relevante, já que vivemos em um mundo onde o contato com a leitura e escrita é praticamente unânime entre as pessoas. Sob este prisma torna-se inviável a desconsideração dos conhecimentos que os alunos trazem consigo. Como exemplo, posso citar uma pessoa idosa que conheço. Certo dia eu estava em um supermercado e ela pediu-me para ler o que estava escrito em uma embalagem de margarina (argumentando que não sabia ler), queria saber se o produto continha sal, pois não podia comer sal porque tem problema de pressão alta. Lembro-me que a "questionei brincando": mas então como a senhora sabe que está escrito?

-Tá cheio de letras... tem que tá escrito em algum lugar...

Expliquei a ela mostrando que há diferenças nas cores e nas letras "sem sal/com sal" e que o S é de sem sal. Semana passada ao passar no caixa do mesmo supermercado encontrei a mesma senhora, só que desta vez com um tablete de manteiga. Ela olhou pra mim e disse:

-Sem sal, não é?

Fiquei sem palavras, apenas sorri balançando a cabeça...

Fatos como este me fazem refletir e chegar a seguinte conclusão:

Na maioria das vezes o que falta são condições apropriadas para que as pessoas aprendam e ler e escrever, pois se dependesse de vontade própria o número de analfabetos seria muito menor, talvez quase inexistente.



Respondendo ao questionamento do professor Benites

Quando me referi ao fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados posso dizer que conheço pessoas alfabetizadas e iletradas. O fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado, cito como exemplo um aluno eu tinha, ele era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto. Este exemplo em minha opinião caracteriza o iletramento na qual me referi.
Este aluno como tantos outros é fruto de uma escola que como já afirmei se preocupa apenas com um tipo de letramento: o letramento (..) “como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, em contextos específicos, para objetivos específicos” (cf. Scribner e Cole, 1981), ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lendo o texto: Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola de KLEIMAN, pude constatar que atualmente a escola se preocupa apenas com um tipo de letramento, a alfabetização. Além disso, utiliza-se desta classificação (alunos alfabetizados ou não alfabetizados) para promover o avanço escolar.

A preocupação em ensinar a resolver tarefas do cotidiano, como fazer cálculos de gastos em supermercados, ler e entender, por exemplo, um contrato, enfim fazer o que chamo de uso efetivo da leitura e escrita parece estar mais ligado a educação familiar ou religiosa que a criança recebe.

Neste momento me questiono: De que maneira nós educadores devemos agir para que esta situação possa ser revertida?

Acho que o primeiro passo está ligado a valorização da bagagem cultural de nossos alunos, outro passo que também considero muito importante é “trazer” para dentro da sala de aula materiais do cotidiano das crianças, como por exemplo, uma embalagem de brinquedo, de chocolate em pó, uma bula de remédio, entre outros. Pois acredito que desta forma desde pequenas as crianças entender que o ato de ler e escrever é muito mais que simplesmente decodificação de caracteres, é algo que lhe oferece suporte para uma melhor qualidade de vida. Nada impede que um adulto ou uma criança analfabeta seja letrada, porém o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados me deixa bastante aflita e então me questiono: Que papel a escola enquanto instituição social desenvolve hoje? Será que há motivos para tantas diferenciações entre o letramento familiar, escolar e religioso?