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sexta-feira, 29 de maio de 2009




O desafio de ter um aluno com deficiência física

Através do estudo dos 4 primeiros capítulos do livro Atendimento educacional especializado de Carolina Schirmer, Nádia Brownig, Rita Bersch e Rosângela Machado, assim como a participação no fórum, conclui que é de suma importância diante do desafio de ter um aluno com deficiência física em sala de aula, adotar sempre que possível as seguintes medidas:
- Promover situações desafiadoras para que a criança possa desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Por exemplo: Tinha uma aluna há algum tempo atrás que não comia sozinha, precisava de meu auxílio, aos poucos fui instigando-a para que pegasse o alimento com suas próprias mãos. Após quase meio ano de tentativas os primeiros resultados começaram a aparecer, Maria (nome fictício) mesmo fazendo muita “bagunça” com seu lanche já tomava seu suco (em copo adaptado com tampa) sozinha e levava alguns alimentos cortados em pedacinhos a sua boca sem meu auxílio.
-Conhecer os pais da criança, assim como manter diálogo com eles procurando saber como é vida cotidiana desta família, enfim instituir uma parceria família/escola. Citando como exemplo a mesma criança mencionada acima, percebi o quanto é importante o diálogo entre professor x família. Através deste diálogo podia, por exemplo, identificar porque alguns dias esta menina chorava muito. Ao fim da tarde sempre que o pai a buscava na escola eu perguntava se havia acontecido alguma coisa de diferente em casa, e em quase 100% das vezes havia sim acontecido algo que a tinha deixado triste fora do ambiente escolar.
-Adaptar materiais escolares. Já fiz diversas adaptações no material escolar de acordo com as necessidades encontradas em cada aluno. Por exemplo: engrossar lápis com esponja de espessura fina, usar uma caixinha ao invés de pasta com elástico para guardar os trabalhinhos, cortar o tubo de cola ao meio para facilitar seu uso, entre outras...
-Possibilitar que o aluno participe das atividades recreativas dentro de seus limites. Uma forma de pôr esta recomendação em prática que encontrei e já utilizei muitas vezes é desenvolver brincadeiras que o aluno com deficiência física possa participar de acordo com suas limitações. Ou sempre que necessário auxiliá-lo na brincadeira ou jogo, deixando assim de colocá-lo em situações constrangedoras ou de incapacidade diante de seus colegas.
-Realizar diversas atividades pedagógicas com a turma com o propósito de desenvolver no grupo o sentido da cooperação e da tolerância, o respeito às diferenças e semelhanças entre eu e o outro. Encontrei no diálogo com as crianças e principalmente nos contos infantis grande apoio para este propósito.





Método Clinico Piagetiano

Através da realização da prova Conservação da massa (quantidades contínuas) com uma criança de 6 anos e 10 meses percebi através de suas respostas que Henrique (nome fictício) detém características do estágio Operatório-concreto, como: capacidade de reversibilidade, noção de conservação física de substância e capacidade de imaginar situações prevendo o que irá acontecer (simbolismo). Cito como exemplo um trecho da entrevista realizada:
- O que acontecerá se fizermos novamente a bolinha, teremos a mesma quantidade de massa ou não?
Resposta de Henrique:
-Teremos a mesma quantidade, porque no começo elas eram iguais. A menor que é a salsicha, se a gente amassar ela vira bola e fica do mesmo tamanho.),
Assim como nos relata o texto “Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento de Tânia Beatriz Iwaszko Marques para Piaget (1983, p.236), o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores. Também percebo este fato observando que Henrique possui ainda características do estágio anterior o Estágio Pré-operatório, principalmente quando deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos. Fato este que posso perceber em algumas de suas respostas como, por exemplo:
“-A bola é bem maior, mas tem a mesma quantidade de massa que a salsicha.”
Esta resposta demonstra que ele ainda de certa forma deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos, característico do Estágio Pré-operatório que antecede o estagio citado acima.
Através de experiências como esta acredito que meu entendimento sobre os textos lidos relacionados ao método clinico de Piaget ficaram mais claros, assim como observei que uma criança pode apresentar características de mais de um estágio, como no exemplo citado acima.

"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas."
Jean Piaget (disponível em http://www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net/index_arquivos/Page756.htm).
Educação especial



Através do texto: Sessão Especial - Políticas de Melhoria da Escola Pública para Todos: Tensões Atuais, escrito pela professora Doutora Rosângela Gavioli Prieto (Disponível em: www.educacaoonline.pro.br) pensei ser interessante refletir também sobre quem são as crianças consideradas com necessidades educacionais especiais, segue um trecho do texto citado acima:
... a ação da educação especial amplia-se, passando a abranger não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências, mas também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica...
O que me chamou a atenção nesta citação é com relação às crianças portadoras de necessidades educacionais especiais que não apresentam nenhuma causa orgânica específica. Questionei-me então:
Será que o processo de inclusão tão debatido nas escolas atualmente também trata de abranger estas crianças? Ou talvez por tratar-se de crianças aparentemente “normais” são muitas vezes desprovidas de atendimento especializado quando necessitam em muitos casos tanto quanto as outras crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências?

Filme o Clube do Imperador



Assistindo o filme “O clube do imperador” bem como realizando a atividade solicitada pela interdisciplina Filosofia da Educação sobre o mesmo, pude observar as atitudes do professor Willian Hundert, onde ele tenta moldar a personalidade de seus alunos usando em suas aulas os bons exemplos dos personagens históricos da cultura greco-romana.
Este drama retrata bem o espaço da sala de aula tradicional organizada por um professor que ainda possuí em sua ideologia a idéia de que é possível tratar seus alunos como “pequenos robôs” que saem da escola moldados de acordo com princípios éticos morais na qual a sociedade necessita no momento.
O que me deixa surpresa no filme refere-se às atitudes deste professor, pois de inicio parecia aplicar sua “doutrina” baseado em princípios ligados diretamente aos bons exemplos. Homem honesto, de caráter puro e singelo, Hundert passa por muitos conflitos morais depois que recebe em sua sala de aula o filho de um senador milionário, um dos maiores financiadores da escola: Sedgewick Bell.
O professor Willian Hundert enfrenta o arrogante Bell, acreditando que poderia mudar seu caráter, deposita nele toda sua confiança e após algum tempo observa grandes progressos neste aluno.
Posteriormente, em uma das cenas mais marcantes em meu ponto de vista acontece na escola o concurso “Senhor Julio Cesar”. Analisando os trabalhos de seus alunos para a classificação de três finalistas o professor Willian Hundert, percebe que Sedgewick Bell fica em quarto lugar, sendo obviamente desclassificado. Mas o professor resolve alterar esta classificação e coloca-o na final, ignorando o aluno que teria o mérito do terceiro lugar. Neste momento percebi que o professor vive um grande conflito moral, pois conclui que Bell apresenta notáveis melhoras comprovadas através de seu esforço nos estudos dos conteúdos e grandes mudanças comportamentais, portanto, também merece ser classificado e resolve assim torná-lo finalista.
Mas o preço para tanto esbarra em sua conduta moral como pessoa e como professor, utiliza-se dessa forma em minha opinião de mecanismos incorretos, pondo em questão sua honestidade, ética profissional e desviando-se de seu caráter puro e singelo. Fico imaginando que sentido teria neste momento para este homem a frase que tanto gosta de falar a seus alunos: "O caráter de um homem é o seu destino". Não estaria ele comprometendo seu destino ao forjar a classificação de Bell?
Atitude que considero extremamente incorreta, pois, se utilizou de interesses pessoais como a aproximação com Bell e seu pai um famoso senador para tomar sua decisão.
Nós professores jamais devemos esquecer que somos espelhos aos olhos de nossos alunos, por isso partir do bom exemplo é uma das melhores “metodologias” de ensino.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mundo imaginário

Assistindo o vídeo oferecido pela interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=RN7WMDSdQKI) passei algum tempo imaginado como seria o meu dia-a-dia se eu vivesse neste mundo criado especialmente para pessoas com necessidades especiais. Confesso que senti-me um tanto egocêntrica por nunca ter imaginado tal ambiente. Pois esta situação é realidade para as pessoas deficientes. Elas vivem em um mundo preparado especialmente para as pessoas ditas “normais”.
A partir deste novo ponto de vista que estabeleci passei a entender melhor as dificuldades que um portador de deficiência enfrenta. Um simples subir de escadas ou passar por uma porta estreita que aos nossos olhos nos parece tão acessível, para um deficiente físico, por exemplo, pode significar um grande obstáculo.
Por falar em deficiente físico lembrei-me de um fato ocorrido em uma das escolas onde estou inserida. Um menino de 8 anos de idade que freqüentava o barzinho de uma escola várias vezes por mês era deixado pela sua professora na porta da cantina de onde fazia seus pedidos. Certo dia, perguntei a ele se gostaria de entrar, logo com sua espontaneidade que encanta os que o rodeiam me respondeu que sim. Com dificuldade, pois no lugar não há rampa de acesso consegui subir sua cadeira de rodas...
Tiago (nome fictício) ficou encantado ao perceber que entrando no barzinho podia ENXERGAR tudo que havia lá dentro. Com esforço ergueu-se em sua cadeira apoiando os braços sobre ela para ver o que havia atrás do balcão. Deste dia em diante cada vez que Tiago quer ir até a cantina logo me pede para ajudá-lo a entrar.
“Além suas limitações físicas que o impedem de andar, Tiago se tornava sem entrar na cantina metaforicamente falando um deficiente visual.”
Este acontecimento me fez refletir:
Quantas vezes a super proteção ou até mesmo o descaso com as pessoas portadoras de necessidades especiais as tornam ainda mais “deficientes” do que realmente são?