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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Educação de surdos

Através dos textos estudados na interdisciplina de Libras durante este sétimo semestre e do presente trabalho elaborado a partir de minhas aprendizagens pude constatar que durante muito tempo as pessoas com algum tipo de deficiência foram excluídas da sociedade, sendo consideradas como indivíduos inferiores.

As pessoas surdas eram vistas como seres irracionais, não educáveis e sem quaisquer direitos humanos. Eram privadas da alfabetização e educação. Mas, apesar da história dos surdos iniciar assim triste e silenciosa, o passar do tempo evidencia grandes transformações.

Foi somente a partir de 1500, na Idade Média, que a história dos surdos começou a mudar. O médico italiano Girolamo Cardano (1501-1576), declarou que surdos poderiam ser ensinados a ler e a escrever sem a utilização da fala. "Cardano reconheceu publicamente a habilidade do surdo em raciocinar, pois segundo ele a escrita poderia representar os sons da fala ou idéias do pensamento, sendo assim, a surdez não seria um problema para o surdo adquirir o conhecimento" (Soares, 1999, p.17).

Mas este fato teve pouca repercussão na sociedade da época, pois a educação de surdos se destinava aos filhos de ricos e nobres da corte espanhola, afim de que estes adquirissem conhecimentos para administrar futuramente os bens da família. Pedro Ponce de Leon (1510-1584) era um monge espanhol que se dedicou a educação desses surdos utilizando-se além de sinais, treinamento da voz e leitura dos lábios.

Posteriormente outros professores também se dedicaram à educação dos surdos. Entre eles, destacaram-se: Abade Charles-Michel de L´Epée (1712/ 1789- fundou a primeira escola pública, o Instituto Nacional para Surdos-Mudos em Paris, criando alguns métodos de ensino), Samuel Heinicke (1727/1790- fundou a primeira escola oral de surdos na Alemanha baseado no oralismo), Jean Massieu (1772/1845- um dos primeiros professores surdos, francês, lecionou baseado na Língua de Sinais no Instituto Nacional de Surdos-Mudos em Paris), Laurent Clerc (1785/1869 um dos professores surdos, utilizava-se da Língua de Sinais em suas aulas) entre outros.

Como se pode observar desde épocas remotas até os dias de hoje muitos professores divergem quanto ao método mais indicado para ser adotado no ensino dos surdos. Uns acreditam que o ensino deveria priorizar a língua falada (Oralismo), outros apostam no uso simultâneo de uma língua oral e de uma língua sinalizada (Comunicação Total), há os que preferem o uso de duas línguas, a Língua de Sinais em primeiro lugar e no caso do Brasil a Língua Portuguesa (Bilingüismo) e os que reconhecem o desenvolvimento natural da língua de Sinais sem interferência da oralidade abrindo espaço para a construção de uma Identidade Surda (Pedagogia Surda).

Muitas escolas de surdos ainda utilizam um ensino estruturado apenas por ouvintes, sem a participação de alunos ou de professores surdos, não respeitando a cultura, língua e identidade das pessoas surdas. De acordo com o texto "Pedagogia Surda":

"Quando o professor ouvinte sabe Língua de Sinais, pode comunicar-se de maneira satisfatória com seu aluno surdo. Porém, quando o professor também é surdo, além da mesma comunicação, ambos possuem identidade surda, o que contribui para uma harmonia ainda melhor entre professor-aluno. Nesses casos, a sala de aula passa a ser um lugar de ricas trocas de conhecimentos entre ambos, as quais ocorrem de forma natural, além de o aluno encontrar na figura do professor um modelo de adulto surdo.

No caso do professor ser ouvinte e não sinalizador, a presença de um instrutor ou voluntário adulto Surdo é muito importante para esclarecer aos alunos o que o professor fala e vice-versa. Outro aspecto a ser melhorado visando a verdadeira inclusão do aluno surdo na escola segundo o texto: Inclusão, é com relação ao oferecimento dos conteúdos aos alunos surdos pela língua de sinais, através de recursos visuais, tais como figuras, língua portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito de leitura. Ressalto ainda outro aspecto relevante: a consideração do sujeito surdo como um sujeito que apresenta uma diferença lingüística e cultural, logo, diferença não pode ser considerada sinal de deficiência, muito menos de incapacidade ou inferioridade.

Infelizmente ainda não tive a oportunidade de conhecer nenhuma instituição de surdos, mas acredito para uma participação ativa dos surdos não só na escola, mas também na sociedade, é necessário que no ensino se considere a Língua de Sinais como primeira língua e, a partir deste ponto se ensine a segunda língua que, no caso do Brasil, é o português que pode ser na modalidade escrita ou oral. Esta é a maneira mais viável em meu ponto de vista de cada vez mais os sujeitos surdos tornarem-se líderes, indivíduos ativos na sociedade onde vivem.


Referência:

Texto de Harlan Lane, retirado do livro "A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada", que apresenta a política de ensino de surdos em diferentes países.
Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/atividades.htm Acesso em: 14 nov. 2009.


sábado, 14 de novembro de 2009

Contextualização de conteúdos

Lendo o texto proposto pela interdisciplina de EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL: Alfabetização de adultos: ainda um desafio de Regina Hara, considerei interessante a afirmação da autora de que alguns educadores simplesmente escolhem palavras ligadas a vida cotidiana do aluno e as aplicam em sala de aula mecanicamente, apenas com a intenção de ensinar a decodificação de caracteres lingüísticos. Desta forma dizem ou pensam estarem trabalhando a realidade de seus alunos.

Neste processo a experiência do aluno, sua bagagem cultural é deixada de lado, assim como suas hipóteses a respeito de como tal processo de escolarização se constrói. Esta afirmação me chamou a atenção, pois ainda hoje encontramos professores que pensam desta forma. Em meu ponto de vista a contextualização de conteúdos vai muito além de palavras ligadas ao cotidiano do aluno, é algo mais, como a valorização das experiências e dos conhecimentos prévios que o aluno já possui, um ambiente acolhedor (que o professor ouça o que o aluno tem a dizer) para que o aluno possa expor suas hipóteses e suas idéias, o trabalho com PAS, o uso de situações problemas ligadas a realidade do educando, entre outras... Estas são em meu ponto de vista as principais características da contextualização de conteúdos e não o simples uso de palavras ligadas a vida cotidiana dos alunos.





quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Projeto de Aprendizagem

Trabalhar com PAs durante este semestre na interdisciplina do Seminário Integrador VII possibilitou-me aprofundar alguns conhecimentos que já havia concretizado no semestre anterior, assim como construir novos conhecimentos.

Quando me refiro aos conhecimentos adquiridos anteriormente posso citar, como exemplo, a atividade: Debatendo teses sobre os Projetos de Aprendizagem. Nesta pude refletir sobre meus conhecimentos em relação ao trabalho com PAs (pergunta central, dúvidas temporárias, certezas provisórias, mapa conceitual...).

Analisando o comentário da colega que revisou minhas respostas, percebi que ambos os posicionamentos (revisor e participante) apresentavam o mesmo ponto de vista. Desta forma houve o fortalecimento ou a confirmação de "minhas certezas provisórias" a respeito do trabalho com PAs.

Quando me refiro as novas descobertas, os novos conhecimentos sobre os PAs posso citar, como exemplo, a construção do PA: Como se construiu o processo de Identidade de Três Cachoeiras reconhecida como Terra dos Caminhoneiros?

Na conclusão deste Projeto de Aprendizagem, elaboramos uma síntese do trabalho analisando a questão central, certezas provisórias, dúvidas temporárias, os caminhos percorridos (estratégias utilizadas pelo grupo), os conceitos chave que orientaram nosso PA e por fim as descobertas realizadas, as aprendizagens.

Através da construção desta síntese, destaco alguns pontos que eu ainda não havia percebido:

-Se o professor que orienta o trabalho possuir conhecimentos prévios com relação ao assunto a ser pesquisado com certeza terá a oportunidade de "direcionar" o grupo proporcionando o aprofundamento das aprendizagens sobre o tema. Por exemplo: A tutora Rosângela ao nos questionar:

-Vocês acham que 10% é um número expressivo? Talvez hoje tenhamos mais agricultores que caminhoneiros em nosso município... Isso serve para vocês pensarem que, embora, atualmente, esse número não seja tão expressivo, já foi um dia... (demonstra ter conhecimento sobre Três Cachoeiras...).

-Essa ideia é MUITO BOA, mas não foi explorada. Falem sobre os símbolos e representações que criaram a identidade de TC. (Demonstra conhecimentos sobre o livro: Identidade cultural na pós-modernidade de Stuart Hall que utilizamos como referencial teórico para embasar nosso trabalho).

Sabe-se que em decorrência da facilidade de acesso aos meios de comunicação e livros, nossos alunos chegam à escola com uma bagagem cultural cada vez mais diversificada e abrangente, de modo que em muitos casos eles acabam sabendo mais que o professor com relação a determinados assuntos. O que não impede que o docente busque novos conhecimentos para melhor orientar seus alunos, aprenda juntamente com eles, e vice-versa, pois o papel do educador é ser um orientador, mediador neste processo.


-O tema a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido.

O Texto: Projetos de Trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares de Fernando Montserrat oferecido pela Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação relata que o tema de um Projeto de Aprendizagem pode pertencer a uma experiência comum, originar-se de um fato da atualidade, surgir de um problema proposto pelo professor ou até mesmo emergir de uma questão que ficou pendente em outro projeto. Mas, às vezes o que observo é que o educando tem curiosidade em saber algo o que não faz parte de sua realidade, pode querer saber, por exemplo, como é a vida no campo, enquanto este mesmo estudante pode morar na cidade e conhecer apenas a vida "urbana", tendo como conhecimentos prévios (certezas provisórias) apenas o que imagina, o que já ouviu falar, assistiu na TV, por exemplo. . Nada o impede de conhecer através de seu projeto novas realidades, compará-las, relacioná-las e estabelecer vínculos com sua própria realidade. Outro exemplo desta afirmação esta presente no vídeo: Bruxa Onilda oferecido pela interdisciplina de Linguagem e Educação, onde uma das professoras trabalha com um projeto em que seus alunos têm curiosidade em saber onde fica a cidade de Veneza, como ela é... Ou seja, partiu-se de uma realidade "distante", completamente desconhecida, para posteriormente criar "links" com a realidade cotidiana.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alfabetizar letrando


Segundo Magda Soares no texto: Nada é mais gratificante do que alfabetizar oferecido pela Interdisciplina de Linguagem e Educação:

Alfabetização: "Significa dar acesso à tecnologia de leitura e de escrita, o que torna crianças e adultos alfabetizados, mas não letrados; possibilita codificar e decodificar a língua escrita, isto é, ler e escrever". (SOARES, 2004).

Letramento: "Significa introduzir crianças e adultos em práticas sociais de leitura, de escrita e de oralidade, independente do domínio do código escrito." (SOARES, 2004).

Relembrando nosso debate na última aula presencial, acho interessante aqui ressaltar que o conceito de alfabetização refere-se a um conhecimento obtido, estável, relativo ao domínio do código da leitura e escrita. Já letramento refere-se a algo mais amplo, condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultivar e exercer as práticas sociais que usam a escrita. "Designa um conhecimento processual, em aberto..." (DELGADO-MARTINS, COSTA E RAMALHO, 2000, TRINDADE, 2004, p. 33).

Entretanto ao refletir sobre estas informações me questionei:

-Qual a importância para um professor em possuir conhecimentos sobre estes conceitos citados acima?

Segundo Magda Soares, alfabetização e letramento não são dois processos distintos, deve-se alfabetizar letrando. Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas de leitura e de escrita, tais como: ler livros, revistas, jornais, propagandas, escrever uma carta... Ou seja, materiais de leitura que fazem parte do cotidiano da escola e sociedade. Cabe ao professor orientar o aluno fazendo com que ele perceba a verdadeira função da decodificação do código da leitura e escrita, a função social.





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Temas Geradores

Através dos textos sugeridos pela interdisciplina de DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO pude refletir sobre a importância dos temas geradores na educação.

Para Paulo Freire ensinar não é transmitir saber, pois o papel do professor é possibilitar a criação ou produção do conhecimento. Mas para que isto ocorra o aluno não pode ser considerado apenas um indivíduo receptivo, em que o professor deposita nele conhecimentos.

Freire pontua também que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Ou seja, ambos (aluno e professor) aprendem juntos. Nossos alunos têm tanto a nos ensinar quanto a aprenderem conosco. Nós professores não somos detentores do saber como se acreditava antigamente.

Mas para trabalharmos com temas geradores em sala de aula é necessário em primeiro lugar considerar a realidade em que se encontram nossos alunos. Saber ouvi-los, para que então possam ser eleitos os temas geradores ou as palavras geradoras provenientes da realidade dos mesmos. Um diálogo onde haja espaço para questionamentos, expressão de opiniões, momento para reflexões a cerca da realidade encontrada, em meu ponto de vista, é condição essencial para que isto ocorra.

O que é mais importante no uso de temas geradores em meu modo de pensar é que o docente seja capaz de valorizar os conhecimentos prévios que os alunos possuem, para que a partir deles possa organizar os conteúdos, ou nas palavras de Paulo Freire: "devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada". E que, além disso, o professor saiba que a educação não é uma simples doação ou imposição, é preciso problematizar os conteúdos, abrir espaço para que o aluno possa ser questionado a partir de sua própria realidade, posso citar como exemplo, a construção do PA na qual fiz parte este semestre, onde o grupo freqüentemente foi questionado, instigado a melhorar cada vez mais o trabalho...


"Seguir-me é não me seguir; é reinventar-me".

Paulo Freire

Referência bibliográfica:

FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Alfabetização de Adultos

Segundo Hara Regina no texto: Alfabetização de adultos: ainda um desafio, todos os adultos não escolarizados demonstram ter um conhecimento intelectual a respeito da escrita e que o que falta muitas vezes são condições apropriadas para que possam elaborar novos conhecimentos e reorganizarem o conhecimento que já possuem.

Esta afirmação em meu ponto de vista é relevante, já que vivemos em um mundo onde o contato com a leitura e escrita é praticamente unânime entre as pessoas. Sob este prisma torna-se inviável a desconsideração dos conhecimentos que os alunos trazem consigo. Como exemplo, posso citar uma pessoa idosa que conheço. Certo dia eu estava em um supermercado e ela pediu-me para ler o que estava escrito em uma embalagem de margarina (argumentando que não sabia ler), queria saber se o produto continha sal, pois não podia comer sal porque tem problema de pressão alta. Lembro-me que a "questionei brincando": mas então como a senhora sabe que está escrito?

-Tá cheio de letras... tem que tá escrito em algum lugar...

Expliquei a ela mostrando que há diferenças nas cores e nas letras "sem sal/com sal" e que o S é de sem sal. Semana passada ao passar no caixa do mesmo supermercado encontrei a mesma senhora, só que desta vez com um tablete de manteiga. Ela olhou pra mim e disse:

-Sem sal, não é?

Fiquei sem palavras, apenas sorri balançando a cabeça...

Fatos como este me fazem refletir e chegar a seguinte conclusão:

Na maioria das vezes o que falta são condições apropriadas para que as pessoas aprendam e ler e escrever, pois se dependesse de vontade própria o número de analfabetos seria muito menor, talvez quase inexistente.



Respondendo ao questionamento do professor Benites

Quando me referi ao fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados posso dizer que conheço pessoas alfabetizadas e iletradas. O fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado, cito como exemplo um aluno eu tinha, ele era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto. Este exemplo em minha opinião caracteriza o iletramento na qual me referi.
Este aluno como tantos outros é fruto de uma escola que como já afirmei se preocupa apenas com um tipo de letramento: o letramento (..) “como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, em contextos específicos, para objetivos específicos” (cf. Scribner e Cole, 1981), ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lendo o texto: Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola de KLEIMAN, pude constatar que atualmente a escola se preocupa apenas com um tipo de letramento, a alfabetização. Além disso, utiliza-se desta classificação (alunos alfabetizados ou não alfabetizados) para promover o avanço escolar.

A preocupação em ensinar a resolver tarefas do cotidiano, como fazer cálculos de gastos em supermercados, ler e entender, por exemplo, um contrato, enfim fazer o que chamo de uso efetivo da leitura e escrita parece estar mais ligado a educação familiar ou religiosa que a criança recebe.

Neste momento me questiono: De que maneira nós educadores devemos agir para que esta situação possa ser revertida?

Acho que o primeiro passo está ligado a valorização da bagagem cultural de nossos alunos, outro passo que também considero muito importante é “trazer” para dentro da sala de aula materiais do cotidiano das crianças, como por exemplo, uma embalagem de brinquedo, de chocolate em pó, uma bula de remédio, entre outros. Pois acredito que desta forma desde pequenas as crianças entender que o ato de ler e escrever é muito mais que simplesmente decodificação de caracteres, é algo que lhe oferece suporte para uma melhor qualidade de vida. Nada impede que um adulto ou uma criança analfabeta seja letrada, porém o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados me deixa bastante aflita e então me questiono: Que papel a escola enquanto instituição social desenvolve hoje? Será que há motivos para tantas diferenciações entre o letramento familiar, escolar e religioso?

sexta-feira, 3 de julho de 2009



Afro-descentes no Brasil

Através da proposta do enfoque III da interdisciplina Questões Étnico-Raciais na educação: Sociologia e História, realizei uma entrevista com três alunos afro-descendentes de uma escola pública e estadual.
A pergunta desencadeadora visava identificar como tais crianças se auto-identificavam do ponto de vista étnico racial.
Surpreendi-me quando constatei que duas destas crianças se auto-identificaram como sendo de cor branca, o que em minha opinião caracteriza o que Marilene Leal Paré em seu texto: Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu – Desempenho escolar, designa como parte de comportamentos advindos da “vergonha de ser negro”, são os sentimentos descritos pela autora originários da descriminação (segunda grande essência).
Estas crianças assim como seus colegas de classe em meu ponto de vista merecem atenção especial, pois como coloca Waléria Menezes em seu texto: O preconceito racial e suas repercussões na instituição escola:

A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social.

A terceira criança a ser entrevistada se autodenominou negra, então lancei a seguinte questão:
-“Como você se sente como aluna negra nesta escola?”
O retrato aqui revelado se firma em uma realidade um pouco distante da que descrevi até o momento.
Neste caso, o ambiente familiar bem estruturado como parece ser o de Tainá, provavelmente tenha contribuído muito para a valorização de sua auto-estima. A orientadora educacional Marilene Leal Paré em seu texto: Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu – Desempenho escolar chama esta situação de terceira grande essência (no que se refere aos pontos positivos):
Família provedora de afeto.
Identifiquei nesta aluna através do conhecimento que tenho sobre sua família situações descritas por Marilene Leal Paré, como: a proteção materna frente as situações de discriminação, incentivo ao estudo e o aconselhamento e ajuda nos problemas enfrentados. Fatos que certamente contribuem em muito para a formação da sua auto-estima.
Referindo-me agora a sala de aula onde atuo como já citei em trabalhos anteriores não há nenhuma criança negra, mas nem por isso deixo de trabalhar a pluralidade cultural existente em nosso país. Pois para bem viver e conviver é preciso, antes de tudo, que haja respeito pelo modo de ser de cada um. Concluindo com as palavras de Henri Sobel:
“Mesmo que um grupo conseguisse impor seus valores ao restante da humanidade, e na remota possibilidade de que o fizesse sem violência, o resultado seria uma sociedade empobrecida, monótona, uníssona.”

sexta-feira, 29 de maio de 2009




O desafio de ter um aluno com deficiência física

Através do estudo dos 4 primeiros capítulos do livro Atendimento educacional especializado de Carolina Schirmer, Nádia Brownig, Rita Bersch e Rosângela Machado, assim como a participação no fórum, conclui que é de suma importância diante do desafio de ter um aluno com deficiência física em sala de aula, adotar sempre que possível as seguintes medidas:
- Promover situações desafiadoras para que a criança possa desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Por exemplo: Tinha uma aluna há algum tempo atrás que não comia sozinha, precisava de meu auxílio, aos poucos fui instigando-a para que pegasse o alimento com suas próprias mãos. Após quase meio ano de tentativas os primeiros resultados começaram a aparecer, Maria (nome fictício) mesmo fazendo muita “bagunça” com seu lanche já tomava seu suco (em copo adaptado com tampa) sozinha e levava alguns alimentos cortados em pedacinhos a sua boca sem meu auxílio.
-Conhecer os pais da criança, assim como manter diálogo com eles procurando saber como é vida cotidiana desta família, enfim instituir uma parceria família/escola. Citando como exemplo a mesma criança mencionada acima, percebi o quanto é importante o diálogo entre professor x família. Através deste diálogo podia, por exemplo, identificar porque alguns dias esta menina chorava muito. Ao fim da tarde sempre que o pai a buscava na escola eu perguntava se havia acontecido alguma coisa de diferente em casa, e em quase 100% das vezes havia sim acontecido algo que a tinha deixado triste fora do ambiente escolar.
-Adaptar materiais escolares. Já fiz diversas adaptações no material escolar de acordo com as necessidades encontradas em cada aluno. Por exemplo: engrossar lápis com esponja de espessura fina, usar uma caixinha ao invés de pasta com elástico para guardar os trabalhinhos, cortar o tubo de cola ao meio para facilitar seu uso, entre outras...
-Possibilitar que o aluno participe das atividades recreativas dentro de seus limites. Uma forma de pôr esta recomendação em prática que encontrei e já utilizei muitas vezes é desenvolver brincadeiras que o aluno com deficiência física possa participar de acordo com suas limitações. Ou sempre que necessário auxiliá-lo na brincadeira ou jogo, deixando assim de colocá-lo em situações constrangedoras ou de incapacidade diante de seus colegas.
-Realizar diversas atividades pedagógicas com a turma com o propósito de desenvolver no grupo o sentido da cooperação e da tolerância, o respeito às diferenças e semelhanças entre eu e o outro. Encontrei no diálogo com as crianças e principalmente nos contos infantis grande apoio para este propósito.





Método Clinico Piagetiano

Através da realização da prova Conservação da massa (quantidades contínuas) com uma criança de 6 anos e 10 meses percebi através de suas respostas que Henrique (nome fictício) detém características do estágio Operatório-concreto, como: capacidade de reversibilidade, noção de conservação física de substância e capacidade de imaginar situações prevendo o que irá acontecer (simbolismo). Cito como exemplo um trecho da entrevista realizada:
- O que acontecerá se fizermos novamente a bolinha, teremos a mesma quantidade de massa ou não?
Resposta de Henrique:
-Teremos a mesma quantidade, porque no começo elas eram iguais. A menor que é a salsicha, se a gente amassar ela vira bola e fica do mesmo tamanho.),
Assim como nos relata o texto “Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento de Tânia Beatriz Iwaszko Marques para Piaget (1983, p.236), o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores. Também percebo este fato observando que Henrique possui ainda características do estágio anterior o Estágio Pré-operatório, principalmente quando deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos. Fato este que posso perceber em algumas de suas respostas como, por exemplo:
“-A bola é bem maior, mas tem a mesma quantidade de massa que a salsicha.”
Esta resposta demonstra que ele ainda de certa forma deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos, característico do Estágio Pré-operatório que antecede o estagio citado acima.
Através de experiências como esta acredito que meu entendimento sobre os textos lidos relacionados ao método clinico de Piaget ficaram mais claros, assim como observei que uma criança pode apresentar características de mais de um estágio, como no exemplo citado acima.

"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas."
Jean Piaget (disponível em http://www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net/index_arquivos/Page756.htm).
Educação especial



Através do texto: Sessão Especial - Políticas de Melhoria da Escola Pública para Todos: Tensões Atuais, escrito pela professora Doutora Rosângela Gavioli Prieto (Disponível em: www.educacaoonline.pro.br) pensei ser interessante refletir também sobre quem são as crianças consideradas com necessidades educacionais especiais, segue um trecho do texto citado acima:
... a ação da educação especial amplia-se, passando a abranger não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências, mas também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica...
O que me chamou a atenção nesta citação é com relação às crianças portadoras de necessidades educacionais especiais que não apresentam nenhuma causa orgânica específica. Questionei-me então:
Será que o processo de inclusão tão debatido nas escolas atualmente também trata de abranger estas crianças? Ou talvez por tratar-se de crianças aparentemente “normais” são muitas vezes desprovidas de atendimento especializado quando necessitam em muitos casos tanto quanto as outras crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências?

Filme o Clube do Imperador



Assistindo o filme “O clube do imperador” bem como realizando a atividade solicitada pela interdisciplina Filosofia da Educação sobre o mesmo, pude observar as atitudes do professor Willian Hundert, onde ele tenta moldar a personalidade de seus alunos usando em suas aulas os bons exemplos dos personagens históricos da cultura greco-romana.
Este drama retrata bem o espaço da sala de aula tradicional organizada por um professor que ainda possuí em sua ideologia a idéia de que é possível tratar seus alunos como “pequenos robôs” que saem da escola moldados de acordo com princípios éticos morais na qual a sociedade necessita no momento.
O que me deixa surpresa no filme refere-se às atitudes deste professor, pois de inicio parecia aplicar sua “doutrina” baseado em princípios ligados diretamente aos bons exemplos. Homem honesto, de caráter puro e singelo, Hundert passa por muitos conflitos morais depois que recebe em sua sala de aula o filho de um senador milionário, um dos maiores financiadores da escola: Sedgewick Bell.
O professor Willian Hundert enfrenta o arrogante Bell, acreditando que poderia mudar seu caráter, deposita nele toda sua confiança e após algum tempo observa grandes progressos neste aluno.
Posteriormente, em uma das cenas mais marcantes em meu ponto de vista acontece na escola o concurso “Senhor Julio Cesar”. Analisando os trabalhos de seus alunos para a classificação de três finalistas o professor Willian Hundert, percebe que Sedgewick Bell fica em quarto lugar, sendo obviamente desclassificado. Mas o professor resolve alterar esta classificação e coloca-o na final, ignorando o aluno que teria o mérito do terceiro lugar. Neste momento percebi que o professor vive um grande conflito moral, pois conclui que Bell apresenta notáveis melhoras comprovadas através de seu esforço nos estudos dos conteúdos e grandes mudanças comportamentais, portanto, também merece ser classificado e resolve assim torná-lo finalista.
Mas o preço para tanto esbarra em sua conduta moral como pessoa e como professor, utiliza-se dessa forma em minha opinião de mecanismos incorretos, pondo em questão sua honestidade, ética profissional e desviando-se de seu caráter puro e singelo. Fico imaginando que sentido teria neste momento para este homem a frase que tanto gosta de falar a seus alunos: "O caráter de um homem é o seu destino". Não estaria ele comprometendo seu destino ao forjar a classificação de Bell?
Atitude que considero extremamente incorreta, pois, se utilizou de interesses pessoais como a aproximação com Bell e seu pai um famoso senador para tomar sua decisão.
Nós professores jamais devemos esquecer que somos espelhos aos olhos de nossos alunos, por isso partir do bom exemplo é uma das melhores “metodologias” de ensino.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mundo imaginário

Assistindo o vídeo oferecido pela interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=RN7WMDSdQKI) passei algum tempo imaginado como seria o meu dia-a-dia se eu vivesse neste mundo criado especialmente para pessoas com necessidades especiais. Confesso que senti-me um tanto egocêntrica por nunca ter imaginado tal ambiente. Pois esta situação é realidade para as pessoas deficientes. Elas vivem em um mundo preparado especialmente para as pessoas ditas “normais”.
A partir deste novo ponto de vista que estabeleci passei a entender melhor as dificuldades que um portador de deficiência enfrenta. Um simples subir de escadas ou passar por uma porta estreita que aos nossos olhos nos parece tão acessível, para um deficiente físico, por exemplo, pode significar um grande obstáculo.
Por falar em deficiente físico lembrei-me de um fato ocorrido em uma das escolas onde estou inserida. Um menino de 8 anos de idade que freqüentava o barzinho de uma escola várias vezes por mês era deixado pela sua professora na porta da cantina de onde fazia seus pedidos. Certo dia, perguntei a ele se gostaria de entrar, logo com sua espontaneidade que encanta os que o rodeiam me respondeu que sim. Com dificuldade, pois no lugar não há rampa de acesso consegui subir sua cadeira de rodas...
Tiago (nome fictício) ficou encantado ao perceber que entrando no barzinho podia ENXERGAR tudo que havia lá dentro. Com esforço ergueu-se em sua cadeira apoiando os braços sobre ela para ver o que havia atrás do balcão. Deste dia em diante cada vez que Tiago quer ir até a cantina logo me pede para ajudá-lo a entrar.
“Além suas limitações físicas que o impedem de andar, Tiago se tornava sem entrar na cantina metaforicamente falando um deficiente visual.”
Este acontecimento me fez refletir:
Quantas vezes a super proteção ou até mesmo o descaso com as pessoas portadoras de necessidades especiais as tornam ainda mais “deficientes” do que realmente são?

quarta-feira, 22 de abril de 2009


Inclusão


Lendo os textos propostos pela interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, participando do fórum "Educação Especial: histórias e políticas", assim como participando da primeira aula presencial da interdisciplina acima referida pude constatar que uma das principais dificuldades encontradas pelas famílias de crianças portadoras de necessidades educacionais especiais ainda é conseguir vagas para seus filhos em escolas regulares, embora este seja um direito garantido por lei, como podemos claramente observar na RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001.(*):
Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às
escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos.
Mas a realidade descrita por mães no vídeo "Aspéctos legais e orientação pedagógica" (disponível em http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/necessidades_especiais/aspectos%20legais%20e%) é chocante. Seus filhos são freqüentemente discriminados em escolas de ensino regular, através de argumentações de que as escolas não estão preparadas para atender as necessidades de crianças especiais. Isso acontece como se a criança portadora de necessidades especiais fosse obrigada a provar que tem capacidade de freqüentar esta ou aquela escola.
Outra questão que me chamou a atenção nas entrevistas que assisti no vídeo referido acima, está relacionado ao atendimento que muitas pessoas possuem sobre o atendimento educacional especializado: ele não é reforço escolar, as aulas preparadas no intuito de possibilitar ao educando a se auto-conhecer, aprender a lidar consigo mesmo, saber por age de determinada forma, dessa forma o atendimento educacional especializado visa promover a independência do aluno.
Outro fator bastante freqüente nas escolas de ensino regular é o entendimento de alguns professores de que o aluno com necessidades especiais que freqüenta fonoaudiólogo, psicólogo, ou seja, recebe atendimento clinico, por exemplo, já está recebendo todo o auxilio necessário, mas na maioria das vezes este mesmo aluno precisa também de atendimento educacional especializado, onde com o trabalho desenvolvido procura motivar o aluno a conquistar seus conhecimentos.
Para finalizar gostaria de salientar minha aflição com relação aos cuidados excessivos por parte de alguns pais de crianças portadoras de necessidade especiais, muitos acabam por fazer quase tudo pela criança, gerando assim forte dependência. Em minha experiência como educadora sempre que esta situação se repete procuro conversar bastante com os pais, incentivando-os para que acreditem nas potencialidades de seus filhos e possibilite maior independência deixando as crianças realizarem atividades do cotidiano sozinhas, como por exemplo, alimentar-se, trocar a roupa... Enfim atividades que na maioria das vezes elas possuem condições de realizar sozinhas, aumentando assim sua auto-estima, o que considero fundamental no processo de aprendizagem.
Minha ancestralidade, eu e o outro
Através de nossa primeira aula presencial da interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação Sociologia e História e das primeiras leituras realizadas, principalmente do texto: EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE BRASILEIRA de Daniel Mundurucu. Refleti sobre minha própria identidade, tentando responder uma pergunta que de início parece tão fácil:
-Quem realmente sou eu? Mas que me fez mergulhar em uma ancestralidade confesso que por vezes, esquecida adormecida pelo tempo. Na construção de minha galeria de fotos, disponível em https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/16469/Disciplinas/9297/Atividade_1_letra_b_Liziani_Evaldt.ppt percebi que trago marcas de minha personalidade assim como características físicas herdadas de meus antepassados na qual nunca havia parado para observar. Penso ser este o primeiro passo para nos conhecermos, sabermos de nossas origens.
Desde que nascemos carregamos conosco características de nossos familiares e na medida em que crescemos a convivência em família fortalece ainda mais tais semelhanças.




Esta atividade também me proporcionou refletir sobre os valores hoje tão dispersos em luxurias e detalhes, quando me deparei com a foto do casamento de minha tia, onde também se encontram meus bisavós maternos a mais de 50 anos atrás, onde a festa era realizada na casa da noiva, ao ar livre sem qualquer decoração sofisticada ou cara, o que não torna o momento menos significativo, ao contrário aproxima as famílias enfatizando que o mais importante é estarmos unidos, preservando nossos costumes e tradições, cultivando nossas raízes e fortalecendo dessa forma nosso conhecimento sobre si próprio.


Também parei para refletir sobre as pessoas que fazem parte de minha vida, mas que não são meus familiares, como amigos, conhecidos, vizinhos, colegas de trabalho ou de aula, com elas aprendo cada dia mais a respeitar a individualidade de cada ser humano, pois para ser feliz ou amar alguém não é necessário que as pessoas que nos rodeiam sejam idênticas a nós, apenas que haja respeito entre as diferenças!
Relatório do PAs dos colegas

Analisando o Projeto de Aprendizagem: Comendo e aprendendo das colegas: Catiane Cardoso Vargas, Deise Hahn Monteiro, Gislaine Cardoso Aguiar e Tanara Justo Mengue percebi que assim como o grupo do PA na qual participei (Um novo olhar sobre a identidade de Três Cachoeiras) também encontraram algumas dificuldades muito semelhantes as nossas. As principais que identifiquei foi com relação a construção das certezas e dúvidas e o mapa conceitual. Como nos disse a professora Eliana Venturini em uma de nossas aulas presenciais do Seminário Integrador V:
-Os projetos de aprendizagem são assim... É um fazer e refazer constante.
Esse fazer e refazer que tanto preocupou nosso grupo também fez parte da maioria dos grupos formados por meus colegas. Também percebi que para quem esta de fora é mais fácil encontrar os caminhos que poderiam ou deveriam ser seguidos para melhor andamento do trabalho. Porém ao realizar esta critica construtiva, ou seja, meu relato sobre o trabalho das colegas, senti o quanto é difícil o papel de orientador de um projeto de aprendizagem. Parabenizo a professora Eliana Venturini que nos acompanhou durante todo o semestre passado, sei que não foi fácil abrir nossos olhos com relação ao andamento de nosso projeto, mas o fez de tal maneira que conseguimos chegar a um consenso e programar uma pesquisa em seu verdadeiro sentido, do contrário teríamos nos retido a questões que seriam facilmente respondidas com uma simples pesquisa em documentos, sites etc.
Enfim o que aprendi nesta realização do relatório me fez refletir sobe o papel que nos docentes devemos realmente seguir: o de professor questionador, desafiador do processo de aprendizagem, não o de transmissor de conhecimentos como posso claramente observar no texto : Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos de Fernando Becker oferecido pela interdisciplina de Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da psicologia II, onde o mesmo relata a Pedagogia Diretiva, na qual o professor acredita que os conhecimentos possam se transmitidos ao aluno e ele próprio é o detentor do saber.
Já o papel de questionador, desafiador do processo de aprendizagem na qual me referi se assemelha a pedagogia relacional, onde o professor orienta o processo de aprendizagem, problematizando situações, indagando, criando novas dúvidas, nos fazendo procurar novas soluções para os problemas encontrados.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Através das leituras e participação no fórum proposto pela interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, tenho percebido que nós professores ainda possuímos muitas dúvidas no que se refere a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares.
Uma das principais questões debatidas no fórum é com relação à falta de preparação e disponibilidade de alguns professores em aceitar a inclusão destas crianças dentro de sua sala de aula, tornando a inclusão muitas vezes uma exclusão ou em muitos casos encaminhando alunos para entidades educacionais especiais sem que haja necessidade, demonstrando assim claramente seu desinteresse em ter estes alunos dentro de seu ambiente de trabalho.Pelas experiências que já tive com alunos portadores de necessidades especiais cheguei a conclusão de que em muitos casos estes alunos realmente precisam de apoio em uma escola especializada, mas que é de suma importância que este mesmo aluno freqüente também a escola regular, pois em um ambiente onde seus colegas estão em crescente desenvolvimento, aumentando assim sua auto-estima e autonomia, entendo que esta busca dentro da sala de aula estimula muito o aluno portador de deficiência a também buscar sua autonomia aumentando assim sua auto-estima e tornado mais evidente seu crescimento. Relato em meu dossiê de inclusão uma das experiências que me fazem pensar deste modo. Acesse no seguinte link: http://dociedeinclusaolizianievaldt.pbwiki.com/FrontPage

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Já há algum tempo estamos trabalhando com a importância da argumentação em nossas atividades. Mas foi lendo e refletindo sobre o texto: “O que é argumento?” (Oferecido pela interdisciplina de Filosofia da Educação, disponível em aulas https://www.ead.ufrgs.br/rooda/rooda.php ), que aprimorei meu conceito sobre argumento. Tinha inicialmente, a idéia de que para uma boa argumentação seria suficiente explicitar minhas opiniões, enfim, explicar o porquê de defender ou contrariar determinada idéia. Hoje, sei que devo utilizar-me de algo mais... Ou seja, preciso além de justificar e defender minha opinião, tentar convencer alguém, dar razões para que essa pessoa concorde comigo. Aprendi também que todo argumento é composto de uma conclusão (aquilo que se quer justificar) e de premissa(s) (aquilo que justifica a conclusão). Exemplo: Ontem trabalhei o dia inteiro (premissa 1) e estudei até tarde da noite (premissa 2), por isso hoje estou muito cansada .(conclusão)
Aprendi também que quando formalizamos um argumento sempre escrevemos a(s) premissa(s) em primeiro lugar. Algo que eu não costumava fazer, quase sempre usava primeiro a conclusão e depois a justificativa. De hoje em diante tentarei mudar minha forma de argumentar, utilizando-me dos novos conhecimentos que adquiri.