Seja Bem Vindo ao meu Portfólio de Aprendizagens!

Espero receber sempre sua visita!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Postagem única de dezembro


Considerações finais sobre o processo desenvolvido no blog / portfólio


Revisitar meu Portfólio de Aprendizagens é como folhar um velho álbum de fotografias. É como fazer uma viagem no tempo e voltar ao ano de 2006 quando criei este ambiente...
Sempre costumo dizer que quem registra fatos, acontecimentos, aprendizagens não esquece mais, ou melhor, se esquecer tem como lembrar! E é exatamente o que percebi ao revisitar as postagens dos Eixos I, II, III, IV, V, VI VII, VIII e realizar reflexões durante este semestre sobre as mesmas.
Durante minha caminhada no Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura Modalidade a Distância da UFRGS tenho como principal aprendizagem: o hábito de reavaliar minhas próprias certezas, de questionar o que tomo por verdades absolutas.
Esta mudança ocorreu através das atividades propostas pelas interdisciplinas, textos estudados e principalmente questionamentos de meus professores. No que se refere aos questionamentos levantados pelos professores do curso posso citar como exemplo marcante as intervenções realizadas aqui em meu blog Portfólio de Aprendizagens. As indagações me possibilitam reavaliar minhas postagens, por exemplo, quando afirmei em meu Portfólio de Aprendizagens durante o Eixo VII que me preocupo com o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados, fui questionada por um professor, se eu conheço algum caso que se enquadra nesta afirmação.
Para responder esta questão além de refletir sobre o que eu havia escrito, tive que argumentar com um exemplo: tinha um aluno que era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto, explicando ainda que o fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado. Desta forma caracterizei o modelo de letramento na qual me referi nesta postagem, destacando que este aluno é “fruto de uma escola” que se preocupa apenas com um tipo de letramento, ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.
Neste ambiente onde tenho liberdade para arrazoar minhas aprendizagens, dialogar com tutores e professores, posso também expressar minhas dúvidas e angústias como fiz no decorrer das postagens, por exemplo: ...”Não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver?” (Eixo III, Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem).
Segundo Albert Einstein: “O importante é não parar de questionar”, pois quando questionamos estamos sendo sujeitos críticos, curiosos e desacomodados. Características estas que considero fundamentais a qualquer indivíduo, principalmente para nós professores!

Terceira semana de novembro


É preciso acreditar e ser criativo


Revisitando uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao Eixo VIII (Interdisciplina Estágio Supervisionada Docência 06 a 10 anos) me chamou a atenção a seguinte afirmação que realizei:
“Estou bastante apreensiva com a questão do uso de tecnologias na educação, pois gostaria muito de trabalhar com esta questão em minha sala de aula. A escola onde faço estágio não possui computador para usarmos com as crianças... No entanto me questiono: Como deixar de trabalhar com as TICS na educação se elas estão tão presentes na vida cotidiana das crianças?”
Posso dizer que durante meu estágio docente superei juntamente com meus alunos este desafio. Para tanto foi preciso dedicação e criatividade.
Para enfrentar a falta de computadores para utilizar com meus alunos criei estratégias como: levar meu computador e internet para a escola praticamente todos os dias, confeccionar computadores de sucata (com teclados de verdade doados por uma loja de concertos de computadores) e utilizar a parede da sala para colar páginas impressas do blog criado com meus alunos. Além disso, na mesma escola pude ainda presenciar alternativas criadas por colegas de estágio que se encontravam na mesma situação (sem computador e internet para utilizar com os alunos), como por exemplo: criar blogs em papel pardo na parede da sala, confeccionar diários de bordo em pequenas cadernetas e criar de email através da caixa de correio da sala. Ou seja, utilizamos lógicas da web com os materiais disponíveis na escola.
Tais situações presenciadas durante meu estágio curricular comprovam que antes de tudo o professor precisa acreditar em si mesmo e utilizar sua criatividade improvisando com os materiais que estão ao seu dispor. Do contrário, lamentar que a escola não possui recursos, de nada adianta...
É preciso investir, desacomodar para alcançarmos nossos objetivos!!!

domingo, 14 de novembro de 2010




Segunda semana de novembro



Mudança de olhar


Esta postagem parte da afirmação citada abaixo extraída do eixo VII (Interdisciplina Seminário Integrador) e também da postagem anterior (primeira semana de novembro de 2010):
“... Um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido.”
Considero importante esclarecer que quando realizei esta afirmação minha visão de realidade do aluno se fundamentava no seguinte conceito:
Realidade do aluno é o meio onde o aluno está inserido, como família, comunidade ou município.
Logo quando meus alunos se interessavam por temas que não faziam parte do que entendo hoje como realidade cotidiana do aluno, eu julgava que o assunto a ser pesquisado não fazia parte da realidade deles. Por exemplo: quando surgiu o interesse de um aluno em pesquisar por que o tubarão tem uma barbatana nas costas, eu pensava que este tema não fazia parte de sua realidade, pois na comunidade onde o mesmo estava inserido não existe mar, conseqüentemente o tema tubarão não poderia ser considerado como parte da realidade do aluno.
Hoje após realizar meu estágio curricular, ler o livro: O que é realidade de João Francisco Duarte Júnior e construir meu TCC (O que é realidade do aluno) considero que:
Realidade do aluno é o que faz parte de sua linguagem, de seu vocabulário.
Com esta visão de realidade do aluno percebi que estava enganada quando pensava que o “tubarão”, assim como os vulcões e a cidade de Veneza citada na postagem anterior não faziam parte da realidade de meus alunos. Este novo olhar me possibilita entender que tudo que parte da curiosidade de meus alunos tem suas raízes fundamentadas na sua realidade de aluno.
Como citei em meu TCC: “não me não posso dizer que me envergonho de por muitos anos ter tido esta “precária” visão de realidade do aluno apenas como o meio na qual ele está inserido. Teria sim motivos para me envergonhar, se este questionamento (o que é realidade do aluno) nunca tivesse feito parte de minha vida enquanto aluna e enquanto professora.”

domingo, 7 de novembro de 2010

Professora Roberta!
Gostaria de relatar que até o momento não havia realizado postagens referentes ao tema de meu TCC (O que é realidade do aluno?) interligando com assuntos tratados nos semestres anteriores porque somente a partir do sétimo semestre é que tenho registros no presente portfólio de aprendizagens sobre o tema em estudo.
Também não encontrei leituras realizadas durante os semestres anteriores que tratem do tema realidade do aluno.


Primeira semana de novembro

Realidade do aluno: primeiras dúvidas

Tudo começou durante o Eixo VII quando realizei uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao trabalho com Projetos de Aprendizagens proposto pela Interdisciplina Seminário Integrador VII. Nesta, expus idéias sobre como os assuntos que desencadeiam os Projetos de Aprendizagens podem surgir na sala de aula. Entre estas colocações uma em especial me deixou bastante apreensiva, pois, afirmei que o tema de um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido. Passei a me questionar silenciosamente: que realidade é esta que o aluno de hoje está inserido?
Ainda na mesma postagem relatei que o aluno pode ter curiosidade em um assunto que não faz parte de sua realidade, como por exemplo, alunos brasileiros desejarem conhecer a cidade de Veneza, partindo de uma realidade muito “distante” para posteriormente criar vínculos com a realidade de seu cotidiano. E assim, mais uma dúvida fez parte de minha rotina enquanto professora: como posso julgar que um tema de interesse levantado pelos meus alunos não faz parte da realidade dos mesmos?
O tempo passou. Durante o oitavo semestre quando assumi a turma de primeiro ano em meu estágio docente em uma escola estadual de ensino fundamental a prática que vinha desenvolvendo anterior ao trabalho com Projeto de Aprendizagem em minha sala de aula, justificava meu modo de pensar sobre realidade do aluno, pois, estava trabalhando o caminho da escola até a casa, as diferenças entre meio rural e urbano, tipos de moradia, enfim, o que eu julgava fazer parte da realidade de meus alunos. Estava desta forma buscando partir de uma realidade encontrada na vida cotidiana de meus alunos para posteriormente inserir outras realidades, algo mais distante, como por exemplo, partir da realidade do município para realidade do estado, do país e assim sucessiva e gradativamente propunha partir do local para buscar o que parecia estar distante. E então, com esta precária visão de realidade do aluno fundamentada ainda em conteúdos preestabelecidos por séries como aceitar o desafio de pesquisar sobre vulcões, algo que eu julgava tão distante da realidade de meus alunos?
Foram estes embates que me levaram ao estudo da realidade do aluno e como se pode perceber tiveram suas origens relatadas durante sétimo semestre em meu portfólio de aprendizagens.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quarta Semana de Outubro

Questões étnicas raciais

Relembrando as aprendizagens referentes a Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História (eixo VI) quero ressaltar uma atividade muito interessante que desenvolvi neste semestre: uma entrevista com três alunos afro-descendentes de uma escola pública e estadual. A pergunta desencadeadora visava identificar como tais crianças se auto-identificavam do ponto de vista étnico racial.
Escolhi três crianças que eu considerava afro-descendentes para participarem da entrevista. Surpreendi-me quando constatei que duas destas crianças se auto-identificaram como sendo de cor branca, o que em minha opinião caracteriza o que Marilene Leal Paré em seu texto: Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu – Desempenho escolar, designa como parte de comportamentos advindos da “vergonha de ser negro”, são os sentimentos descritos pela autora originários da descriminação (segunda grande essência).
Para que isso não ocorra é necessário que nós professores tenhamos atenção especial para com estas crianças, pois, é dentro da escola que as crianças estabelecem grande parte de suas interações sociais, convivendo com indivíduos de diferentes núcleos. É fundamental compreendermos a escola como uma importante instituição responsável pela sociabilidade da criança, um ambiente onde cada uma possa entender-se como parte integrante e importante na diversidade cultural de nosso país.
Terceira Semana de outubro
Ser Adulto

Revisitando algumas atividades e textos propostos pela Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta (eixo V) lembrei-me da época em que eu era criança e tinha como maior sonho: tornar-se adulta.
O tempo passa e quando nos tornamos adultos freqüentemente utilizamos a expressão: “tempo bom é o tempo de criança ou como eu queria voltar a ser criança!”. Em meu ponto de vista, este modo de pensar de muitos adultos além de trazer velhas e boas recordações da infância é também uma “tentativa de fuga” do que nos caracteriza como pessoas adultas: a responsabilidade.
Para ser adulto não basta ter idade, é preciso ter maturidade suficiente para estabelecer relações equilibradas consigo mesmo, com o outro e com o mundo, tornando-se assim, uma pessoa responsável sobre seus próprios atos.
Acredito que nós enquanto adultos como as crianças também estamos em constante processo de aprendizagem. Nossas experiências diárias através da interação com o meio onde vivemos nos possibilita o crescimento, o amadurecimento e conseqüentemente a responsabilidade. Cada fase da vida tem seu esplendor, não devemos lamentar o dia de hoje querendo voltar a infância, por exemplo, quisera que todas as pessoas tivessem a oportunidade de passar por todas as fases da vida e chegar a velhice com a mente jovem, afinal, o que nos envelhece não são o anos que vivemos e sim o modo como encaramos a vida.
Ser adulto é ser responsável pelas próprias escolhas, e são elas que nos levam a alegria de viver, independentemente da fase de vida que nos encontramos!


sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Segunda Semana de Outubro


Política, algo que todos nós consciente ou inconscientemente praticamos



Relendo algumas atividades propostas pela Interdisciplina Organização e gestão da Educação (Eixo V) recordei-me de alguns conhecimentos que adquiri sobre o ato de fazer política.
Pensava que o ato de “fazer política” pertencia apenas às pessoas que considerava como “políticas”, ou seja, aquelas que executam algum cargo administrativo ou sobem aos palcos para fazerem suas promessas e pedidos de votos. Sob este prisma, não me considerava uma pessoa “política”.
Aos poucos durante o semestre pude mudar minha concepção de política e a entender como ato que faz parte de minha vida cotidiana. Por exemplo: o papel de docente que desenvolvo, procurando ser uma pessoa crítica, comprometida com a transformação da realidade em que vivemos me torna uma pessoa política. O comprometimento, o envolvimento com a realidade nos torna seres políticos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Primeira Semana de outubro

Matemática não é bicho papão!

Relembrando as atividades propostas no IV eixo da Interdisciplina de matemática encontrei uma postagem que me possibilitou refletir sobre minha infância. Sempre tive boas notas em matemática, mas lembro que vários de meus colegas encontravam muitas dificuldades e me pediam ajuda ou cola nas provas.
Penso que o bom desempenho nesta disciplina foi construído pelas brincadeiras que realizava. Adorava contar bonecas, organizar por ordem de tamanho ou cor todos os meus brinquedos. Além disso, brincava muito com instrumentos de trabalho de meus pais, como fita métrica, nível, balança e jarras contendo medidas na qual usava para medir os ingredientes dos bolos de areia que fazia. Também amava contar moedas, tinha uma lata cheia de moedas antigas e questionava minha mãe sobre os valores delas, contava-as e recontava-as várias vezes.
Penso que por gostar tanto de brincadeiras que envolvessem números, adições, seriação e classificação tenha tido um bom desempenho na disciplina de matemática logo nas séries iniciais. Infelizmente, alguns de meus colegas de classe não tiveram o mesmo desempenho. E então me questiono: - Por que meus professores aplicavam as mesmas atividades para todos os alunos se estes tinham experiências de vida (bagagem cultural) tão distintas?Talvez isto explique o “fracasso na matemática” considerada por muitos como o bicho papão da escola...
Lembro-me também dos problemas matemáticos, resolvia-os com facilidade, mas não gostava de seus enunciados, geralmente falavam de uma pessoa (que eu não conhecia), de um lugar (que não me interessava) e claro vinha acompanhado de uma pergunta (questionava-me: pra que responder isso?), diante disso o problema realmente se tornava um problema e não um desafio, algo interessante que eu tivesse curiosidade em descobrir por fazer parte de meu cotidiano ou de algo que realmente me interessa-se de verdade.
Pensando nos acontecimentos relatados acima procuro desenvolver a matemática em minha sala de aula de forma mais prazerosa e ligada ao cotidiano de cada criança, por exemplo, através de brincadeiras, de receitas de alimentos, de desafios matemáticos que envolvam situações concretas e também o suo do material concreto. Assim, essa disciplina deixa de ser o bicho-papão da escola para tornar-se um prazer, um brincar que prepara as crianças para resolver situações encontradas no cotidiano.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Quarta Semana de Setembro

Brincar é coisa séria (Tânea Ramos Fortuna)

Revisitando a Interdisciplina Ludicidade e Educação (eixo III) retomei um conhecimento adquirido durante este curso que considero muito importante e que faz parte de meu dia a dia enquanto professora.
Segundo a psicopedagoga Tânea Ramos Fortuna o indivíduo que brinca estabelece uma conexão, ou seja, uma relação consigo mesmo e com o mundo que o cerca oportunizando dessa forma uma experiência significativa, levando-o assim a construir sua própria identidade, sua aprendizagem interagindo com o meio onde vive de forma lúdica, prazerosa.
Me questionei a respeito do tempo que tenho oportunizado aos meus alunos para o brincar, o faz de conta e percebi que hoje reservo um tempo muito maior e dou mais importância ao ato de brincar, do que antes de iniciar minha caminhada no PEAD. Este fato reflete o meu entendimento sobre a importância do brincar para a criança, pois é brincando que ela constrói seu conhecimento envolvendo de maneira prazerosa e inesquecível.
Mas, e nós adultos ainda brincamos? Segundo Tânea Ramos Fortuna a extensão do brincar se manifesta em nos adultos através do bom humor, da criatividade, do brincar trabalhando. Brincar em meu ponto de vista não significa irresponsabilidade ou infantilidade, e sim, uma forma de encarar os acontecimentos da vida de forma mais agradável, bem humorada e séria.
Terceira semana de setembro

Contos de fada

Ao retomar a interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem (eixo III), resolvi relembrar minhas reflexões a cerca dos contos de fada na literatura infantil, por considerar estes uma grande fonte de prazer e ludicidade na sala de aula.
Entretanto até a leitura do capitulo 7 do livro: Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado me sentia angustiada ao levar clássicos infantis para sala de aula pensando que estes já eram histórias ultrapassadas e que talvez as crianças de hoje não se interessam tanto por histórias criadas em outros tempos.
Preocupava-me também em contextualizar os contos, transpondo-os para a realidade cotidiana das crianças. Mas, os questionamentos de Ana Maria Machado proporcionaram-me refletir e relembrar algumas perguntas que já havia me feito há algum tempo sobre contos de fada, como por exemplo: não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver? Será que estas narrativas não são muito bobinhas e antigas para as crianças de hoje, muito mais sofisticadas intelectualmente e mais informadas, em plena era dos computadores? Não é anti-ecológico apresentar o lobo como um vilão, já que se trata de uma espécie de animal ameaçada e que precisa ser protegida?
Algumas destas perguntas já faziam parte de meu dia a dia, e continuavam sem respostas... No entanto o texto lido me fez entender que os contos de fada não precisam estar de acordo com a realidade cotidiana das crianças, nem tão pouco servirem de “lições de moral”, eles existem para abrir portas ao universo lúdico das crianças, para propiciar o prazer da leitura.
Mas, para que isso aconteça é fundamental que o professor conheça a história antes de contá-la (pois, ler uma história é diferente de contar uma história) e que acredite nela, não se importando com fronteiras entre o imaginário e o real, afinal os contos existem para propiciarem ao leitor ou ouvinte uma viagem ao mundo lúdico, onde novas experiências nunca imaginadas ou vividas possam acontecer!
Observo que depois de ter realizado estas reflexões me sinto segura ao contar um conto de fada aos meus alunos e que esta “segurança” de certa forma é transmitida para as crianças, pois elas ouvem os contos sem se importarem com a “vovó que sai viva de dentro da barriga do lobo”, porque embarcam em uma viagem onde tudo é possível...


Referência bibliográfica:
Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado
Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 145 pp.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Segunda semana de setembro

Socializando idéias


Como aprendizagem significativa do Eixo II escolhi uma atividade do Seminário Integrador II onde deveríamos fazer a descrição da cena assistida do filme: O Encouraçado Potemkim.
O fato foi muito marcante, pois me lembro do momento em que alguns colegas leram em aula presencial suas descrições. Eram relatos que se diferenciavam bastante do meu, tudo ainda era novo, estávamos apenas no segundo semestre, senti muito medo de ler minha descrição perante os colegas e acabei não lendo...
Mas, o que aprendi nesta aula me ajudou não só nesta caminhada no PEAD, mas também em minha vida pessoal:
É preciso não ter medo de expor o que estou pensando, é necessário socializar minhas idéias, confrontá-las com o pensamento de outras pessoas que olham sob pontos de vista diferentes. Não é preciso aceitar a idéia do outro, mas é fundamental respeitar. E se eu quiser tentar convencer alguém de que “estou certa” usar “argumentação” é essencial. Penso que na vida é assim: ou usamos argumentos e convencemos ou somos convencidos por argumentos que se mostraram melhores que os nossos.
Esta reflexão certamente tem algo em comum com meu TCC, pois nele vou defender meu ponto de vista sobre realidade do aluno confrontando-a com as idéias de outro autor. E obviamente se eu “defendo” não posso ter “medo” de expor minhas idéias, meus argumentos para tentar convencer o leitor de que tenho motivos para pensar de tal forma.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

1° semana de setembro

Lembranças

Rememorando as atividades do eixo I não poderia deixar passar em branco a primeira postagem que realizei em meu blog em agosto de 2006:
“Adorei a primeira semana de aula, apesar de estar um pouco preocupada e muito insegura! Tenho que admitir que para quem não tem prática em computação o início é um pouco difícil, mas acredito que com otimismo e perseverança nada é impossível!”
“Perseverança”: talvez neste dia em que realizei esta postagem não sabia ao certo o valor desta palavra, não sabia o quanto ela seria importante na minha caminhada neste curso. Falo agora de minha realidade de aluna, enfrentei muitos desafios como não saber nem ao menos digitar um texto, para escrever este pequeno trecho citado acima fiquei horas no pólo... Também enfrentei semestres inteiros sem computador em casa, sem internet, indo ao pólo praticamente todos os dias, mesmo àqueles de chuva e frio em que eu chegava molhada e cansada. Felizmente tudo melhorou, eu cresci muito durante estes semestres e tenho certeza que devo tudo isso aos meus professores, tutores e a minha perseverança, a vontade de conquistar meus objetivos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Realidade do aluno
Em busca de um novo olhar


Escolhi como tema de meu TCC a realidade do aluno, pois, durante meu estágio surgiram várias situações me levaram a refletir sobre o que realmente é realidade do aluno.
Inicialmente pensei em estudar o conceito de realidade do aluno, mas iniciadas as pesquisas percebi que o tema é bastante escasso em artigos ou livros. Estou encontrando muitas dificuldades nesta busca. Portanto, como me sugeriu a professora Juliana Machado, vou pesquisar separadamente o tema realidade, aluno e também quem sabe um breve estudo sobre PAs já que os exemplos retirados do estágio e que fundamentarão minhas afirmações são advindos do trabalho com Projetos de Aprendizagem.
Observo que tinha uma visão bastante simples e incompleta do que é realidade do aluno, um dos motivos, acredito que por ter lido vários textos que exploravam a realidade do aluno caracterizando-a como o ambiente sócio-cultural onde o mesmo está inserido, como por exemplo, na descrição que fiz no início do estágio falando sobre o contexto social onde estavam inseridos meus alunos.
Hoje após minhas experiências de estágio tenho a seguinte idéia relacionada a realidade do aluno:


Espero confirmar estas idéias durante meus estudos do TCC, caso contrário serei “vencida” pelos argumentos de autores na qual estudarei, o que certamente me levará a muitas outras descobertas e questionamentos sobre minha prática pedagógica e minha concepção de realidade do aluno.

domingo, 20 de junho de 2010

Décima semana


Projetos de Aprendizagem...


Mais uma etapa de nosso curso foi concluída. Finalizando meu estágio, optei por fazer esta pequena reflexão.
Como encerramento das atividades realizamos na escola, uma feira de conhecimentos aberta a toda a comunidade envolvendo os trabalhos com PAs.
Foi a primeira feira que a escola realizou... Talvez, teria sido mais “rico” ainda se tivéssemos envolvido também outras escolas, convidando-as para visitarem nossa escola, mas grandes progressos se constituem aos poucos...
Nesta feira conversei com as mães que vieram prestigiar nossa feira. Foi durante pouco tempo mas, seus relatos destacaram principalmente o crescimento de seus filhos com relação:
-Alfabetização
-Expressão verbal (vocabulário, questionamentos, argumentação)
-Autonomia
-Muito entusiasmo em vir para a escola...
Fico muito feliz, pois estes itens já tinham sido observados por mim, agora se concretizam também nas palavras das mães...
Refletindo um pouco mais sobre meu estágio descobri que realizei um PA comigo mesma neste período, pois tinha como pergunta central uma grande dúvida: É possível realizar PAs com crianças em processo de alfabetização?
Precisava apenas de uma certeza provisória para iniciar o trabalho com PAs: a de que seria possível, já que durante nosso curso não tivemos informações (aos menos que eu percebesse) sobre como trabalhar PAs com crianças em processo de alfabetização...
Professora Marie Jane me indicou o texto: Um laptop por criança. Pra ser sincera eu não li o texto, no início porque faltou tempo, depois porque iniciei em uma parte que dizia que cada criança naquela escola tinha um laptop... E eu pensei: Um laptop por criança e na minha escola: Um computador de sucata por criança... “Mas este texto me fez perceber que era possível sim”...
Entretanto eu pretendo ler o texto nas férias...
Eu respondi minha questão central, todas as outras dúvidas que foram surgindo no decorrer do estágio, criei minhas hipóteses e fui “testando” em minha pesquisa de campo dentro da sala de aula com meus próprios alunos. Acho que tenho material suficiente para fazer um TCC (o que eu ainda não sei o que é, mas no próximo semestre vou descobrir) com relação ao desenvolvimento de PAs em turmas em processo de alfabetização!

domingo, 13 de junho de 2010

Nona semana

Realizações

Iniciei meu estágio convicta e segura de meus desejos e objetivos. Apresento para ser mais sucinta os dois mais importantes:
Quanto ao meu maior objetivo: possibilitar aos meus alunos que se tornassem sujeitos mais autônomos, críticos e confiantes em si mesmos.
Quanto ao meu maior desejo: estar em sala de aula enquanto professora, fazer o que gostamos é tão importante quanto respirarmos.
Bem, o estágio se aproxima de seu término, mas acredito que não estou me despedindo de meus alunos, pois como afirma Freire: “O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério [...] o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes [...] burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”. (FREIRE, 2002, p.73).
E durante este período todos os meus esforços foram para que eu conseguisse deixar “boas marcas em meus alunos”, acho que fiz isso principalmente através de meus questionamentos, instigando-os a buscarem respostas para suas próprias dúvidas, seus interesses. Um exemplo que me marcou bastante durante esta semana e que me fez refletir sobre está afirmação foi o que aconteceu na aula do dia 11 de junho de 2010, conforme já relatei em maiores detalhes em meu pbwork:
Kalyane me surpreendeu a me dizer:
-Prof sabia que eu to fazendo um projeto de aprendizagem?
-Aonde, aqui com os vulcões?
-Não na minha casa, com a minha mãe!
-Como assim, me explique:
-É que eu to estudando sobre o mosquito da dengue...
-Aonde tu ta achando coisas sobre o mosquito da dengue?
-Num livro que a minha mãe tem... Eu quero descobrir tudo sobre o mosquito da dengue...
-E tu ta registrando alguma coisa na tua casa, já fez um desenho, escreveu algo...
-Não, todo dia minha mãe lê um pedacinho pra mim e depois é que eu vou escrever...
-Quero ver, pode trazer pra escola que eu estou curiosa pra saber o que tu andas descobrindo...
Tamara fala:
-Eu também to fazendo um projeto de aprendizagem...
-Sobre o que, Tamara?
-Os animais, eu tenho uns livros, já descobri que o tigre e a girafa moram na África...
Bruno:
-No país da copa! (com ar de surpresa)
Pedi a Tamara que trouxesse algo que está pesquisando em casa pra gente observar na escola...
Tocado no assunto da copa, iniciasse uma longa conversa...
Ao que me parece está surgindo um novo PA, os interesses, as dúvidas e a empolgação da turma sobre a copa do mundo “transformaram” meu planejamento, o assunto dos vulcões esta sendo concluído, pois as crianças já descobriram todas as suas dúvidas temporárias, até mesmo as que surgiram no decorrer do trabalho, reafirmaram muitas das certezas provisórias e observaram que algumas hipóteses criadas durante o trabalho com os vulcões não se confirmaram. (Para maiores detalhes sobre o projeto observe o documento: Os passos de nosso PA em meu pbwork).
Conforme afirma Paulo Freire: “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
É exatamente o que vivencio no momento, estou feliz por observar tantas aprendizagens em meus alunos na qual me refiro diariamente em meu pbwork, mas estou ainda aprendendo, buscando cada vez mais, sendo aluna e professora ao mesmo tempo, o que naturalmente me satisfaz trazendo à minha vida realizações profissionais e pessoais.

domingo, 6 de junho de 2010

Rosângela, me sinto feliz em saber que estou conseguindo transmitir um pouquinho do que estou aprendendo durante o estágio, obrigada pelos comentários.
Gostaria de saber por que tenho um NR na tabela de atividades por aluno referente a semana seis?

domingo, 30 de maio de 2010

Semana oito
O PA e o desenvolvimento do vocabulário das crianças

Desde que iniciei o PA (Como nascem os vulcões?) em minha turma tenho estado atenta ao desenvolvimento da linguagem oral das crianças. Mostram-se muito mais espontâneas, participativas.
Ainda não havia relatado este fato, pois cheguei a pensar que talvez só eu tivesse percebido isto. Mas, foi com a visita da supervisora Marie Jane de carvalho que conclui estar certa disso, quando ela me questionou sobre a linguagem das crianças.
Refleti então sobre que atividades desenvolvidas na minha arquitetura pedagógica que favorecem o uso da linguagem oral e como isso vêm acontecendo em minha sala de aula.
Para ser sucinta listarei abaixo a atividade que penso ser o fio condutor desta mudança:
-Na atividade com os PAs são construídos freqüentemente diálogos em forma de debate em sala de aula. De início os mesmos eram realizados com a exposição das dúvidas das crianças e respostas das mesmas aos meus questionamentos. Hoje a evolução que percebo é muito grande, as crianças iniciam debates em que questionamentos são lançados pelas próprias crianças e discutidos entre elas até que se chegue a um consenso ou então a mais uma dúvida temporária. Relatos destes diálogos encontram-se em lizianiestagio.pbwork.com
Outro aspecto é com relação a qualidade das respostas, antes no início do estágio quando questionava as crianças respostas do tipo “porque sim ou porque não” eram muito freqüentes. Hoje, não ouço mais estas respostas, eles mesmos falam uns aos outros: -Não chega dizer porque sim ou porque não tem que dizer porque, o que que tu acha! (argumentação).
Além disso, muitas outras palavras foram incorporadas ao vocabulário diário (com domínio de seus respectivos significados), como por exemplo: pressão, placas tectônicas, globo terrestre, pincel atômico (antes chamado de canetão), mapa conceitual...
É maravilhoso vislumbrara cada dia os resultados de um trabalho com Projetos de Aprendizagem, pena que não havia (por insegurança) iniciado antes esta arquitetura pedagógica em minha sala de aula!




quinta-feira, 27 de maio de 2010


Semana sete
Uma surpresa...


Na postagem anterior relatei que estou aprendendo mais do que ensinado. Sim, estou aprendendo muito, aprendendo com as crianças que direcionam meu trabalho (como por exemplo: criando novas dúvidas temporárias, expressando em que materiais podemos pesquisar, enfim muitos outros exemplos já relatados em meu pbwork) e também aprendendo sobre os vulcões, pois não sabia nada sobre eles, apenas que existiam...
De inicio quando surgiu a pergunta central de nosso PA, refleti:
“Estamos em uma realidade bem distante da nossa, na Islândia. Ao mesmo tempo também pensei que poderia ser muito interessante estudar coisas que não fazem parte de nossa realidade.”
Entretanto, estava enganada quando pensei isto, pois como disse a professora Maire Jane Carvalho, “eles viram o tema vulcão na mídia”, logo, concluo que faz sim parte da realidade deles, porque vêem na TV, no jornal e estes meios de comunicação fazem parte do cotidiano de cada criança.
Outro aspecto que me fez pensar o quanto estava enganada é que eu sabia que no Brasil não existem vulcões, mas não sabia que já existiram um dia...
Foi procurando informações sobre rochas ígneas (uma dúvida trazida por Tamara de casa) que me deparei com uma imagem da Ilha dos Lobos, da Guarita de Torres sendo estas rochas de origem vulcânica. E eu que pensei que estávamos tão distantes da nossa realidade! Agora sim, tenho algo em que as crianças podem fazer uma pesquisa de campo envolvendo também o meio próximo onde vivem. Relatos desta pesquisa semana que vem em meu pbwork!
Estou curiosa para saber o que vai acontecer e também quero construir com eles gráficos (idéia da tia Dulce) referentes ao resultado da pesquisa de campo.

domingo, 23 de maio de 2010

Semana seis

Mais um pouco do trabalho com PAs...

Observo que algumas professoras estão ansiosas em finalizar o PA, em possibilitarem às crianças que descubram a pergunta central e resolvam logo suas dúvidas temporárias, colocando tudo isso em um texto.
Minha situação é um pouco diferente. Meus alunos estão cada vez mais motivados, não só na sala de aula como também fora dela (perguntam suas dúvidas para os pais, trazem livros dos irmãos mais velhos, assistem noticiários da TV...) e o que observo é que paralelamente enquanto resolvem suas dúvidas temporárias os conhecimentos adquiridos abrem portas para o surgimento de novas questões e assim vai seguindo o trabalho.
Não tenho preocupação em finalizar o trabalho ou me questionar se já chegou ao fim, as crianças vão me mostrar isso. Veja o que aconteceu hoje:
Na discussão sobre a formação dos vulcões elas perceberam que já tem resposta para a pergunta central, concluíram que no interior da terra é muito quente, as rochas ígneas se derretem por causa do calor e por causa da pressão a rocha derretida sai no vulcão. Concluíram ainda que a lava esfria e pode virar rocha novamente... Na realidade são conhecimentos já registrados e descobertos anteriormente só estava faltando “juntar os fatos”.
Para minha surpresa nem um aluno mostrou satisfação ao perceber que já tinham descoberto a pergunta central. Bruno diz:
-Descobrimos o que era para descobrir antes né... (quer dizer antes da hora)
Perguntei
-Por que antes?Antes do quê?
Bruno fala:
-Porque agora o trabalho vai termina e agente não vai mais pesquisa sobre os vulcões.
Questionei:
-Quem disse que vai acabar? Quem disse que acabou? Vocês não têm mais nada para descobrir sobre os vulcões? Já tem absoluta certeza de que é assim mesmo que nasce um vulcão?
Kalyane fala com um gesto e expressão de alívio:
-Claro né a gente tem que descobrir outras coisas. O que é placa tectônica? (aponta para as estrelinhas onde estão as dúvidas temporárias)
Bruno diz:
Por que acontece a pressão? Será que dá força quando a pedra se derrete?
O que eu tenho a dizer é que a cada dia fico mais surpresa, admirada e feliz. Não imaginava que alunos do primeiro ano pudessem descobrir o que estão descobrindo, questionar da forma como estão questionando...
Continuando a experiência da aula de hoje quero comentar ainda que Nícolas ouviu meu comentário com a professora Letícia (professora titular da turma) falando que eles já tem muito conhecimento e que podiam montar um livro sobre vulcões.
Nícolas, após algum tempo me pergunta:
-Prof nós estamos preparados para fazer um livro?
Bem com estas palavras... Kalyane ouve a pergunta e diz:
-Claro que sim Nícolas.
Eu disse que estão mais do que preparados... Mais um desafio pela frente: criar um livro sobre os vulcões!
É um prazer enorme trabalhar com estas crianças e ainda conto com o apoio total da professora titular da turma, estou aprendendo muito mais do que ensinando!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Semana cinco





Alguns pontos relevantes no trabalho com PAs







Considero importante aqui relatar “pontos” interessantes que observei no desenvolvimento do PA em minha sala de aula:
-As curiosidades das crianças surgem espontaneamente.
Por exemplo: Algumas dúvidas (curiosidades) que surgiram depois do levantamento da pergunta central, dúvidas temporárias e certezas provisórias:
-Professora o que é trafego aéreo? (Kauê)
-Se o vulcão é na Islândia por que os aviões não puderam voar aqui no Brasil?(Kauê)
-O que que é camada de gelo? (Maisa) Entre outras.
-O trabalho deve ser planejado dia após dia.
Observo que enquanto oriento as crianças elas também me orientam, há uma orientação mútua. Por exemplo:
No levantamento das certezas provisórias as crianças citaram que no Brasil não existem vulcões e que em Três cachoeiras também não. Mas ao serem questionadas sobre nosso país, nosso município observei que muitas dúvidas surgiram. Então resolvi usar a técnica das caixinhas para que pudessem estabelecer relações de localização. Concluindo: orientei uma atividade (levantamento das certezas provisórias) e fui orientada com relação as dificuldades que as crianças apresentaram quanto a noção de localização realizando a atividade das caixinhas...


-O trabalho interdisciplinar se revela aos poucos...
Quando iniciei o PA sobre os vulcões minha primeira preocupação foi com relação ao trabalho interdisciplinar. Sabia que a alfabetização e o letramento como já citei em minha arquitetura pedagógica faria parte do PA conforme seu desenvolvimento. Mas me questionei a respeito de que outras áreas do conhecimento poderia abranger nosso PA. Senti-me angustiada, pois não consegui estabelecer respostas que me satisfizessem.
Mas logo, logo o começaram a se abrirem “leques” para o trabalho interdisciplinar. Por exemplo: no vídeo sobre os vulcões o repórter cita que a Islândia tem mais de uma dezena de vulcões. Então Kauê fala:
-Na Islândia tem mais de uma dezena de vulcões, nossa... (Kauê)
Questiono:
-O que é uma dezena?
Ninguém responde...
Após algum tempo Domini fala:
-Acho que é muito.
Para o próximo dia de aula preparei uma atividade (jogo) envolvendo unidade, dezena, centena... Após o jogo voltamos a conversa estabelecida e as crianças descobriram que a Islândia possui mais de dez (dezena) vulcões... “Interdisciplinaridade e orientação mútua”.
-Favorecimento para o desenvolvimento da autonomia da criança.
Por exemplo:
Na aula de 03/05/2010 Tamara fala:
-Meu irmão disse que tem vulcões por causa das placas tectônicas...
Perguntei a ela:
-Por que ele te falou isto?
-Porque eu perguntei pra ele...
Claro exemplo de iniciativa para pesquisa, de autonomia (Tamara realiza uma espécie de entrevista com o irmão...)
E ai me questiono como já citei em meu pbwork:
-Se eu não tivesse iniciado um PA estaria eu oportunizando que meus alunos busquem o querem aprender, tracem estratégias para resolverem suas próprias dúvidas e interesses?
A resposta negativa não soa bem aos meus ouvidos, pois a autocrítica não é tarefa fácil, mas tem sua recompensa: mostra-nos que somos capazes de sermos melhores do que somos hoje.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Semana quatro



O trabalho com PAs



Como já citei anteriormente o PA que vem aos poucos se desenvolvendo em minha turma tem como pergunta central: Como nascem os vulcões?
Foram muitas idas e vindas nos diálogos estabelecidos entre as crianças, a principio percebi que a pergunta delas se dirigia a qualquer vulcão existente no mundo. Como orientadora desejava alguma forma de mostrar que poderíamos estudar sobre um vulcão, ou os vulcões existentes em um determinado país, pois do contrário a pesquisa se tornaria muito abrangente...
Bem, mesmo angustiada para que isto acontecesse “dei tempo ao tempo”. A primeira conquista se passou na biblioteca onde por coincidência as crianças observaram alguns desenhos de vulcões que estavam sob camadas de gelo. Então as questionei:
-Será que todos os vulcões existentes no planeta estão sob o gelo?
A resposta foi negativa... Ainda assim com as conversas desenvolvidas observei que meus alunos desejavam saber sobre os vulcões me geral.
Foi assistindo uma reportagem sobre vulcões na Islândia, que as crianças decidiram-se por estudarem os vulcões que “explodem” no gelo, pois acharam isto muito interessante, principalmente após o questionamento de Kauê:
-Prof. olha só... Se o gelo é água que congela, então como é que o vulcão resiste ao gelo se o vulcão tem fogo e a água apaga o fogo?
Eis o foco de interesse da turma pelos vulcões que explodem no gelo...
Continuando o vídeo descobriram que a Islândia é uma ilha e logo Bruno conclui:
-Como tinha no livro da biblioteca. Tem vulcão perto do oceano e a Islândia tem oceano...
Continuando as discussões nas várias vezes que pediram para eu colocasse o vídeo novamente para que pudessem assistir mais uma vez, chegamos ao consenso de estudarmos ao vulcões da Islândia.
Penso que talvez a pesquisa ainda seja bastante abrangente, mas acredito que no decorrer do trabalho ainda possam surgir oportunidades de aperfeiçoamento da pergunta central.
Como falou a professora Eliana Ventorini em uma de nossas aulas presenciais: “O trabalho com PAs é um fazer/refazer constante!”

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Semana 3

Descobertas

Como relatei anteriormente precisava repensar sobre a Arquitetura Pedagógica que escolhi, então voltei ao texto Arquiteturas pedagógicas
para educação a distância
para realizar uma nova análise. Confrontei-me com um trecho que faz a seguinte afirmação:
“As propostas são convites, cabendo ao viajante aceitá-lo de imediato, deixar para mais tarde ou até mesmo ignorá-lo. O sujeito deve estar livre para decidir se a atividade traz alguma contribuição à sua aprendizagem”.
O que conclui é que na realidade minha trilha não possibilita aos meus alunos a oportunidade de escolha como cita o texto acima referido. Os desafios são restritos... Outra conclusão a que cheguei foi de que minha trilha não pode ser chamada de trilha virtual, já que está exposta na parede da sala de aula e não em ambiente virtual.

Então para retificar meu “engano” pensei em expor todos os desafios e deixar que as crianças optassem por este ou aquele desafio. Mas me questionei: Onde estão as curiosidades e interesses de meus alunos em minha trilha?
Para tanto propus o desafio em minha trilha de trabalhar com PAs... Expliquei a idéia para as crianças e elas aceitaram o desafio...
No primeiro dia quando questionei as crianças sobre o que gostariam de aprender, sobre o que tinham curiosidade em descobrir muitas perguntas surgiram...
Mas quando surgiu a pergunta: Como nascem os vulcões? (exposta por uma aluna) a empolgação da turma foi geral, começaram a me questionar:
-É professora por que tem vulcão?
-E por que dentro dele tem explosão?
Entre outras... Mais uma vez me questionei sobre os PAs:
-É possível trabalhar um PA com a turma toda?
Voltamos então a todas as perguntas feitas pelas crianças e questionei:
-Por que todos querem saber sobre os vulcões? E as outras perguntas que vocês fizeram ninguém quer saber?
Todos juntos começaram a gritar:
-Vulcões, vulcões...
Mesmo assim insisti, então vamos fazer uma votação pra cada um dizer o que quer descobrir...
Todos sem que eu incentivasse escolheram a opção: Como nascem os vulcões...
Me senti angustiada, pois pensei que um PA tivesse que ser desenvolvido individualmente, como forma de valorização da curiosidade de cada criança.
Conversei com a professora Juliana Machado em MSN e expus a situação, pelo que entendi é possível sim desenvolver um PA com turma toda.
O interesse foi geral e não tenho porque discutir com cada criança e tentá-la fazer mudar de idéia. A turma também é pequena, fator que em minha opinião contribuiu para esta decisão, são apenas oito alunos.
Bem vou iniciar o PA desta forma, quem sabe no decorrer do trabalho possam surgir outras questões e estas podem ser individuais... Ao longo de meu estágio continuarei a revelar como está sendo está experiência!

segunda-feira, 19 de abril de 2010



Semana 2



A difícil escolha da Arquitetura Pedagógica

Após analisar individualmente o texto Arquiteturas pedagógicas
para educação a distância
senti necessidade de explorar o mesmo em grupo de estudos (Jucimara, Luana, Dulce, Débora). Refletindo sobre as propostas cheguei a conclusão de que a Arquitetura de Aprendizagem Incidente seria adequada para trabalhar com minha turma. Na realidade fiquei iludida pela proposta da trilha virtual, já que desejava e desejo “trabalhar” na escola com o uso do computador, tendo como objetivo propiciar aos meus alunos o contato com esta ferramenta já tão utilizada na sociedade hoje e ainda tão distante da realidade da sala de aula.
Para tanto pensei em uma trilha com os seguintes desafios:
-Primeiro desafio- Conhecer o computador (criar pequenas noções sobre o editor de texto, mouse, paint, nomear as partes de um computador...)
-Segundo desafio- Criar um computador de sucata
-Terceiro desafio- Criar um blog coletivo para que pudéssemos publicar as descobertas da turma, os trabalhos, o que vem aprendendo durante o estágio
-Quarto desafio- Criação de email coletivo para que pudéssemos trocar correspondências com alunos de outra escola
Os outros desafios surgiriam de acordo com o desenvolvimento destas atividades. Então pensamos em grupo de estudos em uma alternativa: uma trilha que seria apresentada em cartaz na parede, já que o uso do computador na escola onde atuo é restrito (há apenas um na secretária). Esta opção foi colocada em debate em nossa primeira aula presencial com a supervisora de estágio Marie Jane Carvalho e Juliana Machado.
A idéia da trilha exposta na parede surgiu em grupo já que todas as professoras enfrentam o mesmo desafio (apenas um computador na escola) e partir deste ponto planejei individualmente a minha trilha de acordo com minha turma.
A primeira idéia era de formar uma estradinha onde teriam placas com os desafios. O carrinho abrangeria na pista conforme os desafios fossem alcançados. Comentei este pensamento via MSN com a professora Juliana Machado. Não sei como percebi que a idéia da trilha não era bem assim como eu estava pensando, pois Juliana, assim como as demais professoras que tive neste curso nos orientam de forma espetacular: não nos dizem se estamos certas ou erradas, nem ao menos que caminho seguir, apenas nos fazem pensar, pensar... Bem, eu estava acostumada a receber muitas vezes respostas prontas de meus antigos professores...
Me senti perdida, e quando se está perdido tem que se pensar em uma solução... É isso que vou fazer durante a semana, buscar respostas para minhas perguntas. Sendo que hoje a principal delas é: Estou verdadeiramente dentro da proposta de uma trilha virtual?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Semana 1

Estágio
Na segunda aula presencial tivemos uma conversa sobre nosso estágio. Algumas colegas expuseram seus problemas como estagiárias (não puderam fazer as observações, etc.) e isso tomou bastante nosso tempo. Precisava de alguns esclarecimentos sobre a Arquitetura Pedagógica que devemos relatar no Pbwork de Estágio. A principal preocupação que tinha era com relação à escolha da Arquitetura Pedagógica que deveria ser feita com base no texto: Arquiteturas pedagógicas para educação a distância.
Fiquei mais tranqüila quando a professora Marie Jane de carvalho disse que essa arquitetura escolhida por nós serviria de base para o desenvolvimento do estágio, mas que isto não nos impede de usarmos também outras atividades que fazem parte de outras arquiteturas. Então, mais calma irei analisar o texto e escolher a arquitetura que melhor se enquadre em meu trabalho com as crianças.
Estou bastante apreensiva com a questão do uso de tecnologias na educação, pois gostaria muito de trabalhar com esta questão em minha sala de aula. A escola onde faço estágio não possui computador para usarmos com as crianças... No entanto me questiono: Como deixar de trabalhar com as TICS na educação se elas estão tão presentes na vida cotidiana das crianças?
Estou pensando em disponibilizar o meu computador e minha internet para realizar algumas atividades com os alunos, como farei isto ainda não sei, mas estou estudando a questão...

domingo, 11 de abril de 2010



Oitavo semestre


Primeira aula presencial


Após a primeira aula presencial deste semestre senti-me muito mais tranqüila em relação ao estágio que desenvolverei nesta etapa do curso.
Percebi que nossos professores e tutores estão dispostos a nos auxiliar em numa relação de parceria entre aluno-professor. Situação esta diferente do que eu havia imaginado talvez, por ter passado por um período de estágio no Magistério onde o professor orientador era aquele que permanecia durante a visita, sentado no fundo da sala realizando pequenas anotações e revisando meu diário (o que obviamente me deixava angustiada).
Como falou a professora Marie Jane em nossa primeira aula presencial (22/03/10): “vamos aprender juntos”. “Aprender juntos” em meu ponto de vista engloba a troca de experiências e as criticas construtivas.
Realizarei o estágio com turma de primeiro ano. Estou tranqüila e feliz, pois, adoro trabalhar com crianças pequenas e tenho algumas experiências na área de alfabetização referentes aos anos que trabalhei em uma escola particular e também lecionando de forma particular para alunos que apresentavam dificuldades no processo de alfabetização. Também realizei atividades durante todos os semestres anteriores com base em turma de primeiro ano na qual tinha intenção de estagiar.
A partir da semana que vem iniciarei minhas observações na turma para que eu possa observar os interesses dos alunos, a forma como a professora titular trabalha, as normas da escola, os níveis de conhecimentos em que se encontram os alunos, os materiais didáticos na qual a escola disponibiliza, o contexto sócio-econômico em que as crianças estão inseridas, enfim, levantar os dados que considero necessários para a realização de meu planejamento e estágio.
Sinto que estamos em uma etapa final do curso e quando olho para traz percebo que já “tirei muitas pedras enormes de meu caminho durante os semestres passados” e que estou crescendo, me tornado a cada dia um pouco mais confiante. Espero que tudo ocorra bem em meu estágio, nesta etapa tão esperada e desejada, pois me esforçarei ao máximo!