Seja Bem Vindo ao meu Portfólio de Aprendizagens!

Espero receber sempre sua visita!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Postagem única de dezembro


Considerações finais sobre o processo desenvolvido no blog / portfólio


Revisitar meu Portfólio de Aprendizagens é como folhar um velho álbum de fotografias. É como fazer uma viagem no tempo e voltar ao ano de 2006 quando criei este ambiente...
Sempre costumo dizer que quem registra fatos, acontecimentos, aprendizagens não esquece mais, ou melhor, se esquecer tem como lembrar! E é exatamente o que percebi ao revisitar as postagens dos Eixos I, II, III, IV, V, VI VII, VIII e realizar reflexões durante este semestre sobre as mesmas.
Durante minha caminhada no Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura Modalidade a Distância da UFRGS tenho como principal aprendizagem: o hábito de reavaliar minhas próprias certezas, de questionar o que tomo por verdades absolutas.
Esta mudança ocorreu através das atividades propostas pelas interdisciplinas, textos estudados e principalmente questionamentos de meus professores. No que se refere aos questionamentos levantados pelos professores do curso posso citar como exemplo marcante as intervenções realizadas aqui em meu blog Portfólio de Aprendizagens. As indagações me possibilitam reavaliar minhas postagens, por exemplo, quando afirmei em meu Portfólio de Aprendizagens durante o Eixo VII que me preocupo com o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados, fui questionada por um professor, se eu conheço algum caso que se enquadra nesta afirmação.
Para responder esta questão além de refletir sobre o que eu havia escrito, tive que argumentar com um exemplo: tinha um aluno que era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto, explicando ainda que o fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado. Desta forma caracterizei o modelo de letramento na qual me referi nesta postagem, destacando que este aluno é “fruto de uma escola” que se preocupa apenas com um tipo de letramento, ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.
Neste ambiente onde tenho liberdade para arrazoar minhas aprendizagens, dialogar com tutores e professores, posso também expressar minhas dúvidas e angústias como fiz no decorrer das postagens, por exemplo: ...”Não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver?” (Eixo III, Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem).
Segundo Albert Einstein: “O importante é não parar de questionar”, pois quando questionamos estamos sendo sujeitos críticos, curiosos e desacomodados. Características estas que considero fundamentais a qualquer indivíduo, principalmente para nós professores!

Terceira semana de novembro


É preciso acreditar e ser criativo


Revisitando uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao Eixo VIII (Interdisciplina Estágio Supervisionada Docência 06 a 10 anos) me chamou a atenção a seguinte afirmação que realizei:
“Estou bastante apreensiva com a questão do uso de tecnologias na educação, pois gostaria muito de trabalhar com esta questão em minha sala de aula. A escola onde faço estágio não possui computador para usarmos com as crianças... No entanto me questiono: Como deixar de trabalhar com as TICS na educação se elas estão tão presentes na vida cotidiana das crianças?”
Posso dizer que durante meu estágio docente superei juntamente com meus alunos este desafio. Para tanto foi preciso dedicação e criatividade.
Para enfrentar a falta de computadores para utilizar com meus alunos criei estratégias como: levar meu computador e internet para a escola praticamente todos os dias, confeccionar computadores de sucata (com teclados de verdade doados por uma loja de concertos de computadores) e utilizar a parede da sala para colar páginas impressas do blog criado com meus alunos. Além disso, na mesma escola pude ainda presenciar alternativas criadas por colegas de estágio que se encontravam na mesma situação (sem computador e internet para utilizar com os alunos), como por exemplo: criar blogs em papel pardo na parede da sala, confeccionar diários de bordo em pequenas cadernetas e criar de email através da caixa de correio da sala. Ou seja, utilizamos lógicas da web com os materiais disponíveis na escola.
Tais situações presenciadas durante meu estágio curricular comprovam que antes de tudo o professor precisa acreditar em si mesmo e utilizar sua criatividade improvisando com os materiais que estão ao seu dispor. Do contrário, lamentar que a escola não possui recursos, de nada adianta...
É preciso investir, desacomodar para alcançarmos nossos objetivos!!!

domingo, 14 de novembro de 2010




Segunda semana de novembro



Mudança de olhar


Esta postagem parte da afirmação citada abaixo extraída do eixo VII (Interdisciplina Seminário Integrador) e também da postagem anterior (primeira semana de novembro de 2010):
“... Um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido.”
Considero importante esclarecer que quando realizei esta afirmação minha visão de realidade do aluno se fundamentava no seguinte conceito:
Realidade do aluno é o meio onde o aluno está inserido, como família, comunidade ou município.
Logo quando meus alunos se interessavam por temas que não faziam parte do que entendo hoje como realidade cotidiana do aluno, eu julgava que o assunto a ser pesquisado não fazia parte da realidade deles. Por exemplo: quando surgiu o interesse de um aluno em pesquisar por que o tubarão tem uma barbatana nas costas, eu pensava que este tema não fazia parte de sua realidade, pois na comunidade onde o mesmo estava inserido não existe mar, conseqüentemente o tema tubarão não poderia ser considerado como parte da realidade do aluno.
Hoje após realizar meu estágio curricular, ler o livro: O que é realidade de João Francisco Duarte Júnior e construir meu TCC (O que é realidade do aluno) considero que:
Realidade do aluno é o que faz parte de sua linguagem, de seu vocabulário.
Com esta visão de realidade do aluno percebi que estava enganada quando pensava que o “tubarão”, assim como os vulcões e a cidade de Veneza citada na postagem anterior não faziam parte da realidade de meus alunos. Este novo olhar me possibilita entender que tudo que parte da curiosidade de meus alunos tem suas raízes fundamentadas na sua realidade de aluno.
Como citei em meu TCC: “não me não posso dizer que me envergonho de por muitos anos ter tido esta “precária” visão de realidade do aluno apenas como o meio na qual ele está inserido. Teria sim motivos para me envergonhar, se este questionamento (o que é realidade do aluno) nunca tivesse feito parte de minha vida enquanto aluna e enquanto professora.”

domingo, 7 de novembro de 2010

Professora Roberta!
Gostaria de relatar que até o momento não havia realizado postagens referentes ao tema de meu TCC (O que é realidade do aluno?) interligando com assuntos tratados nos semestres anteriores porque somente a partir do sétimo semestre é que tenho registros no presente portfólio de aprendizagens sobre o tema em estudo.
Também não encontrei leituras realizadas durante os semestres anteriores que tratem do tema realidade do aluno.


Primeira semana de novembro

Realidade do aluno: primeiras dúvidas

Tudo começou durante o Eixo VII quando realizei uma postagem em meu Portfólio de Aprendizagens referente ao trabalho com Projetos de Aprendizagens proposto pela Interdisciplina Seminário Integrador VII. Nesta, expus idéias sobre como os assuntos que desencadeiam os Projetos de Aprendizagens podem surgir na sala de aula. Entre estas colocações uma em especial me deixou bastante apreensiva, pois, afirmei que o tema de um Projeto de Aprendizagem a ser pesquisado deve partir do interesse do aluno, mas não obrigatoriamente da realidade onde ele está inserido. Passei a me questionar silenciosamente: que realidade é esta que o aluno de hoje está inserido?
Ainda na mesma postagem relatei que o aluno pode ter curiosidade em um assunto que não faz parte de sua realidade, como por exemplo, alunos brasileiros desejarem conhecer a cidade de Veneza, partindo de uma realidade muito “distante” para posteriormente criar vínculos com a realidade de seu cotidiano. E assim, mais uma dúvida fez parte de minha rotina enquanto professora: como posso julgar que um tema de interesse levantado pelos meus alunos não faz parte da realidade dos mesmos?
O tempo passou. Durante o oitavo semestre quando assumi a turma de primeiro ano em meu estágio docente em uma escola estadual de ensino fundamental a prática que vinha desenvolvendo anterior ao trabalho com Projeto de Aprendizagem em minha sala de aula, justificava meu modo de pensar sobre realidade do aluno, pois, estava trabalhando o caminho da escola até a casa, as diferenças entre meio rural e urbano, tipos de moradia, enfim, o que eu julgava fazer parte da realidade de meus alunos. Estava desta forma buscando partir de uma realidade encontrada na vida cotidiana de meus alunos para posteriormente inserir outras realidades, algo mais distante, como por exemplo, partir da realidade do município para realidade do estado, do país e assim sucessiva e gradativamente propunha partir do local para buscar o que parecia estar distante. E então, com esta precária visão de realidade do aluno fundamentada ainda em conteúdos preestabelecidos por séries como aceitar o desafio de pesquisar sobre vulcões, algo que eu julgava tão distante da realidade de meus alunos?
Foram estes embates que me levaram ao estudo da realidade do aluno e como se pode perceber tiveram suas origens relatadas durante sétimo semestre em meu portfólio de aprendizagens.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quarta Semana de Outubro

Questões étnicas raciais

Relembrando as aprendizagens referentes a Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História (eixo VI) quero ressaltar uma atividade muito interessante que desenvolvi neste semestre: uma entrevista com três alunos afro-descendentes de uma escola pública e estadual. A pergunta desencadeadora visava identificar como tais crianças se auto-identificavam do ponto de vista étnico racial.
Escolhi três crianças que eu considerava afro-descendentes para participarem da entrevista. Surpreendi-me quando constatei que duas destas crianças se auto-identificaram como sendo de cor branca, o que em minha opinião caracteriza o que Marilene Leal Paré em seu texto: Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu – Desempenho escolar, designa como parte de comportamentos advindos da “vergonha de ser negro”, são os sentimentos descritos pela autora originários da descriminação (segunda grande essência).
Para que isso não ocorra é necessário que nós professores tenhamos atenção especial para com estas crianças, pois, é dentro da escola que as crianças estabelecem grande parte de suas interações sociais, convivendo com indivíduos de diferentes núcleos. É fundamental compreendermos a escola como uma importante instituição responsável pela sociabilidade da criança, um ambiente onde cada uma possa entender-se como parte integrante e importante na diversidade cultural de nosso país.
Terceira Semana de outubro
Ser Adulto

Revisitando algumas atividades e textos propostos pela Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta (eixo V) lembrei-me da época em que eu era criança e tinha como maior sonho: tornar-se adulta.
O tempo passa e quando nos tornamos adultos freqüentemente utilizamos a expressão: “tempo bom é o tempo de criança ou como eu queria voltar a ser criança!”. Em meu ponto de vista, este modo de pensar de muitos adultos além de trazer velhas e boas recordações da infância é também uma “tentativa de fuga” do que nos caracteriza como pessoas adultas: a responsabilidade.
Para ser adulto não basta ter idade, é preciso ter maturidade suficiente para estabelecer relações equilibradas consigo mesmo, com o outro e com o mundo, tornando-se assim, uma pessoa responsável sobre seus próprios atos.
Acredito que nós enquanto adultos como as crianças também estamos em constante processo de aprendizagem. Nossas experiências diárias através da interação com o meio onde vivemos nos possibilita o crescimento, o amadurecimento e conseqüentemente a responsabilidade. Cada fase da vida tem seu esplendor, não devemos lamentar o dia de hoje querendo voltar a infância, por exemplo, quisera que todas as pessoas tivessem a oportunidade de passar por todas as fases da vida e chegar a velhice com a mente jovem, afinal, o que nos envelhece não são o anos que vivemos e sim o modo como encaramos a vida.
Ser adulto é ser responsável pelas próprias escolhas, e são elas que nos levam a alegria de viver, independentemente da fase de vida que nos encontramos!


sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Segunda Semana de Outubro


Política, algo que todos nós consciente ou inconscientemente praticamos



Relendo algumas atividades propostas pela Interdisciplina Organização e gestão da Educação (Eixo V) recordei-me de alguns conhecimentos que adquiri sobre o ato de fazer política.
Pensava que o ato de “fazer política” pertencia apenas às pessoas que considerava como “políticas”, ou seja, aquelas que executam algum cargo administrativo ou sobem aos palcos para fazerem suas promessas e pedidos de votos. Sob este prisma, não me considerava uma pessoa “política”.
Aos poucos durante o semestre pude mudar minha concepção de política e a entender como ato que faz parte de minha vida cotidiana. Por exemplo: o papel de docente que desenvolvo, procurando ser uma pessoa crítica, comprometida com a transformação da realidade em que vivemos me torna uma pessoa política. O comprometimento, o envolvimento com a realidade nos torna seres políticos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Primeira Semana de outubro

Matemática não é bicho papão!

Relembrando as atividades propostas no IV eixo da Interdisciplina de matemática encontrei uma postagem que me possibilitou refletir sobre minha infância. Sempre tive boas notas em matemática, mas lembro que vários de meus colegas encontravam muitas dificuldades e me pediam ajuda ou cola nas provas.
Penso que o bom desempenho nesta disciplina foi construído pelas brincadeiras que realizava. Adorava contar bonecas, organizar por ordem de tamanho ou cor todos os meus brinquedos. Além disso, brincava muito com instrumentos de trabalho de meus pais, como fita métrica, nível, balança e jarras contendo medidas na qual usava para medir os ingredientes dos bolos de areia que fazia. Também amava contar moedas, tinha uma lata cheia de moedas antigas e questionava minha mãe sobre os valores delas, contava-as e recontava-as várias vezes.
Penso que por gostar tanto de brincadeiras que envolvessem números, adições, seriação e classificação tenha tido um bom desempenho na disciplina de matemática logo nas séries iniciais. Infelizmente, alguns de meus colegas de classe não tiveram o mesmo desempenho. E então me questiono: - Por que meus professores aplicavam as mesmas atividades para todos os alunos se estes tinham experiências de vida (bagagem cultural) tão distintas?Talvez isto explique o “fracasso na matemática” considerada por muitos como o bicho papão da escola...
Lembro-me também dos problemas matemáticos, resolvia-os com facilidade, mas não gostava de seus enunciados, geralmente falavam de uma pessoa (que eu não conhecia), de um lugar (que não me interessava) e claro vinha acompanhado de uma pergunta (questionava-me: pra que responder isso?), diante disso o problema realmente se tornava um problema e não um desafio, algo interessante que eu tivesse curiosidade em descobrir por fazer parte de meu cotidiano ou de algo que realmente me interessa-se de verdade.
Pensando nos acontecimentos relatados acima procuro desenvolver a matemática em minha sala de aula de forma mais prazerosa e ligada ao cotidiano de cada criança, por exemplo, através de brincadeiras, de receitas de alimentos, de desafios matemáticos que envolvam situações concretas e também o suo do material concreto. Assim, essa disciplina deixa de ser o bicho-papão da escola para tornar-se um prazer, um brincar que prepara as crianças para resolver situações encontradas no cotidiano.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Quarta Semana de Setembro

Brincar é coisa séria (Tânea Ramos Fortuna)

Revisitando a Interdisciplina Ludicidade e Educação (eixo III) retomei um conhecimento adquirido durante este curso que considero muito importante e que faz parte de meu dia a dia enquanto professora.
Segundo a psicopedagoga Tânea Ramos Fortuna o indivíduo que brinca estabelece uma conexão, ou seja, uma relação consigo mesmo e com o mundo que o cerca oportunizando dessa forma uma experiência significativa, levando-o assim a construir sua própria identidade, sua aprendizagem interagindo com o meio onde vive de forma lúdica, prazerosa.
Me questionei a respeito do tempo que tenho oportunizado aos meus alunos para o brincar, o faz de conta e percebi que hoje reservo um tempo muito maior e dou mais importância ao ato de brincar, do que antes de iniciar minha caminhada no PEAD. Este fato reflete o meu entendimento sobre a importância do brincar para a criança, pois é brincando que ela constrói seu conhecimento envolvendo de maneira prazerosa e inesquecível.
Mas, e nós adultos ainda brincamos? Segundo Tânea Ramos Fortuna a extensão do brincar se manifesta em nos adultos através do bom humor, da criatividade, do brincar trabalhando. Brincar em meu ponto de vista não significa irresponsabilidade ou infantilidade, e sim, uma forma de encarar os acontecimentos da vida de forma mais agradável, bem humorada e séria.
Terceira semana de setembro

Contos de fada

Ao retomar a interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem (eixo III), resolvi relembrar minhas reflexões a cerca dos contos de fada na literatura infantil, por considerar estes uma grande fonte de prazer e ludicidade na sala de aula.
Entretanto até a leitura do capitulo 7 do livro: Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado me sentia angustiada ao levar clássicos infantis para sala de aula pensando que estes já eram histórias ultrapassadas e que talvez as crianças de hoje não se interessam tanto por histórias criadas em outros tempos.
Preocupava-me também em contextualizar os contos, transpondo-os para a realidade cotidiana das crianças. Mas, os questionamentos de Ana Maria Machado proporcionaram-me refletir e relembrar algumas perguntas que já havia me feito há algum tempo sobre contos de fada, como por exemplo: não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver? Será que estas narrativas não são muito bobinhas e antigas para as crianças de hoje, muito mais sofisticadas intelectualmente e mais informadas, em plena era dos computadores? Não é anti-ecológico apresentar o lobo como um vilão, já que se trata de uma espécie de animal ameaçada e que precisa ser protegida?
Algumas destas perguntas já faziam parte de meu dia a dia, e continuavam sem respostas... No entanto o texto lido me fez entender que os contos de fada não precisam estar de acordo com a realidade cotidiana das crianças, nem tão pouco servirem de “lições de moral”, eles existem para abrir portas ao universo lúdico das crianças, para propiciar o prazer da leitura.
Mas, para que isso aconteça é fundamental que o professor conheça a história antes de contá-la (pois, ler uma história é diferente de contar uma história) e que acredite nela, não se importando com fronteiras entre o imaginário e o real, afinal os contos existem para propiciarem ao leitor ou ouvinte uma viagem ao mundo lúdico, onde novas experiências nunca imaginadas ou vividas possam acontecer!
Observo que depois de ter realizado estas reflexões me sinto segura ao contar um conto de fada aos meus alunos e que esta “segurança” de certa forma é transmitida para as crianças, pois elas ouvem os contos sem se importarem com a “vovó que sai viva de dentro da barriga do lobo”, porque embarcam em uma viagem onde tudo é possível...


Referência bibliográfica:
Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado
Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 145 pp.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Segunda semana de setembro

Socializando idéias


Como aprendizagem significativa do Eixo II escolhi uma atividade do Seminário Integrador II onde deveríamos fazer a descrição da cena assistida do filme: O Encouraçado Potemkim.
O fato foi muito marcante, pois me lembro do momento em que alguns colegas leram em aula presencial suas descrições. Eram relatos que se diferenciavam bastante do meu, tudo ainda era novo, estávamos apenas no segundo semestre, senti muito medo de ler minha descrição perante os colegas e acabei não lendo...
Mas, o que aprendi nesta aula me ajudou não só nesta caminhada no PEAD, mas também em minha vida pessoal:
É preciso não ter medo de expor o que estou pensando, é necessário socializar minhas idéias, confrontá-las com o pensamento de outras pessoas que olham sob pontos de vista diferentes. Não é preciso aceitar a idéia do outro, mas é fundamental respeitar. E se eu quiser tentar convencer alguém de que “estou certa” usar “argumentação” é essencial. Penso que na vida é assim: ou usamos argumentos e convencemos ou somos convencidos por argumentos que se mostraram melhores que os nossos.
Esta reflexão certamente tem algo em comum com meu TCC, pois nele vou defender meu ponto de vista sobre realidade do aluno confrontando-a com as idéias de outro autor. E obviamente se eu “defendo” não posso ter “medo” de expor minhas idéias, meus argumentos para tentar convencer o leitor de que tenho motivos para pensar de tal forma.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

1° semana de setembro

Lembranças

Rememorando as atividades do eixo I não poderia deixar passar em branco a primeira postagem que realizei em meu blog em agosto de 2006:
“Adorei a primeira semana de aula, apesar de estar um pouco preocupada e muito insegura! Tenho que admitir que para quem não tem prática em computação o início é um pouco difícil, mas acredito que com otimismo e perseverança nada é impossível!”
“Perseverança”: talvez neste dia em que realizei esta postagem não sabia ao certo o valor desta palavra, não sabia o quanto ela seria importante na minha caminhada neste curso. Falo agora de minha realidade de aluna, enfrentei muitos desafios como não saber nem ao menos digitar um texto, para escrever este pequeno trecho citado acima fiquei horas no pólo... Também enfrentei semestres inteiros sem computador em casa, sem internet, indo ao pólo praticamente todos os dias, mesmo àqueles de chuva e frio em que eu chegava molhada e cansada. Felizmente tudo melhorou, eu cresci muito durante estes semestres e tenho certeza que devo tudo isso aos meus professores, tutores e a minha perseverança, a vontade de conquistar meus objetivos.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Realidade do aluno
Em busca de um novo olhar


Escolhi como tema de meu TCC a realidade do aluno, pois, durante meu estágio surgiram várias situações me levaram a refletir sobre o que realmente é realidade do aluno.
Inicialmente pensei em estudar o conceito de realidade do aluno, mas iniciadas as pesquisas percebi que o tema é bastante escasso em artigos ou livros. Estou encontrando muitas dificuldades nesta busca. Portanto, como me sugeriu a professora Juliana Machado, vou pesquisar separadamente o tema realidade, aluno e também quem sabe um breve estudo sobre PAs já que os exemplos retirados do estágio e que fundamentarão minhas afirmações são advindos do trabalho com Projetos de Aprendizagem.
Observo que tinha uma visão bastante simples e incompleta do que é realidade do aluno, um dos motivos, acredito que por ter lido vários textos que exploravam a realidade do aluno caracterizando-a como o ambiente sócio-cultural onde o mesmo está inserido, como por exemplo, na descrição que fiz no início do estágio falando sobre o contexto social onde estavam inseridos meus alunos.
Hoje após minhas experiências de estágio tenho a seguinte idéia relacionada a realidade do aluno:


Espero confirmar estas idéias durante meus estudos do TCC, caso contrário serei “vencida” pelos argumentos de autores na qual estudarei, o que certamente me levará a muitas outras descobertas e questionamentos sobre minha prática pedagógica e minha concepção de realidade do aluno.

domingo, 20 de junho de 2010

Décima semana


Projetos de Aprendizagem...


Mais uma etapa de nosso curso foi concluída. Finalizando meu estágio, optei por fazer esta pequena reflexão.
Como encerramento das atividades realizamos na escola, uma feira de conhecimentos aberta a toda a comunidade envolvendo os trabalhos com PAs.
Foi a primeira feira que a escola realizou... Talvez, teria sido mais “rico” ainda se tivéssemos envolvido também outras escolas, convidando-as para visitarem nossa escola, mas grandes progressos se constituem aos poucos...
Nesta feira conversei com as mães que vieram prestigiar nossa feira. Foi durante pouco tempo mas, seus relatos destacaram principalmente o crescimento de seus filhos com relação:
-Alfabetização
-Expressão verbal (vocabulário, questionamentos, argumentação)
-Autonomia
-Muito entusiasmo em vir para a escola...
Fico muito feliz, pois estes itens já tinham sido observados por mim, agora se concretizam também nas palavras das mães...
Refletindo um pouco mais sobre meu estágio descobri que realizei um PA comigo mesma neste período, pois tinha como pergunta central uma grande dúvida: É possível realizar PAs com crianças em processo de alfabetização?
Precisava apenas de uma certeza provisória para iniciar o trabalho com PAs: a de que seria possível, já que durante nosso curso não tivemos informações (aos menos que eu percebesse) sobre como trabalhar PAs com crianças em processo de alfabetização...
Professora Marie Jane me indicou o texto: Um laptop por criança. Pra ser sincera eu não li o texto, no início porque faltou tempo, depois porque iniciei em uma parte que dizia que cada criança naquela escola tinha um laptop... E eu pensei: Um laptop por criança e na minha escola: Um computador de sucata por criança... “Mas este texto me fez perceber que era possível sim”...
Entretanto eu pretendo ler o texto nas férias...
Eu respondi minha questão central, todas as outras dúvidas que foram surgindo no decorrer do estágio, criei minhas hipóteses e fui “testando” em minha pesquisa de campo dentro da sala de aula com meus próprios alunos. Acho que tenho material suficiente para fazer um TCC (o que eu ainda não sei o que é, mas no próximo semestre vou descobrir) com relação ao desenvolvimento de PAs em turmas em processo de alfabetização!

domingo, 13 de junho de 2010

Nona semana

Realizações

Iniciei meu estágio convicta e segura de meus desejos e objetivos. Apresento para ser mais sucinta os dois mais importantes:
Quanto ao meu maior objetivo: possibilitar aos meus alunos que se tornassem sujeitos mais autônomos, críticos e confiantes em si mesmos.
Quanto ao meu maior desejo: estar em sala de aula enquanto professora, fazer o que gostamos é tão importante quanto respirarmos.
Bem, o estágio se aproxima de seu término, mas acredito que não estou me despedindo de meus alunos, pois como afirma Freire: “O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério [...] o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes [...] burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”. (FREIRE, 2002, p.73).
E durante este período todos os meus esforços foram para que eu conseguisse deixar “boas marcas em meus alunos”, acho que fiz isso principalmente através de meus questionamentos, instigando-os a buscarem respostas para suas próprias dúvidas, seus interesses. Um exemplo que me marcou bastante durante esta semana e que me fez refletir sobre está afirmação foi o que aconteceu na aula do dia 11 de junho de 2010, conforme já relatei em maiores detalhes em meu pbwork:
Kalyane me surpreendeu a me dizer:
-Prof sabia que eu to fazendo um projeto de aprendizagem?
-Aonde, aqui com os vulcões?
-Não na minha casa, com a minha mãe!
-Como assim, me explique:
-É que eu to estudando sobre o mosquito da dengue...
-Aonde tu ta achando coisas sobre o mosquito da dengue?
-Num livro que a minha mãe tem... Eu quero descobrir tudo sobre o mosquito da dengue...
-E tu ta registrando alguma coisa na tua casa, já fez um desenho, escreveu algo...
-Não, todo dia minha mãe lê um pedacinho pra mim e depois é que eu vou escrever...
-Quero ver, pode trazer pra escola que eu estou curiosa pra saber o que tu andas descobrindo...
Tamara fala:
-Eu também to fazendo um projeto de aprendizagem...
-Sobre o que, Tamara?
-Os animais, eu tenho uns livros, já descobri que o tigre e a girafa moram na África...
Bruno:
-No país da copa! (com ar de surpresa)
Pedi a Tamara que trouxesse algo que está pesquisando em casa pra gente observar na escola...
Tocado no assunto da copa, iniciasse uma longa conversa...
Ao que me parece está surgindo um novo PA, os interesses, as dúvidas e a empolgação da turma sobre a copa do mundo “transformaram” meu planejamento, o assunto dos vulcões esta sendo concluído, pois as crianças já descobriram todas as suas dúvidas temporárias, até mesmo as que surgiram no decorrer do trabalho, reafirmaram muitas das certezas provisórias e observaram que algumas hipóteses criadas durante o trabalho com os vulcões não se confirmaram. (Para maiores detalhes sobre o projeto observe o documento: Os passos de nosso PA em meu pbwork).
Conforme afirma Paulo Freire: “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
É exatamente o que vivencio no momento, estou feliz por observar tantas aprendizagens em meus alunos na qual me refiro diariamente em meu pbwork, mas estou ainda aprendendo, buscando cada vez mais, sendo aluna e professora ao mesmo tempo, o que naturalmente me satisfaz trazendo à minha vida realizações profissionais e pessoais.