Considerações finais sobre o processo desenvolvido no blog / portfólio
Revisitar meu Portfólio de Aprendizagens é como folhar um velho álbum de fotografias. É como fazer uma viagem no tempo e voltar ao ano de 2006 quando criei este ambiente...
Sempre costumo dizer que quem registra fatos, acontecimentos, aprendizagens não esquece mais, ou melhor, se esquecer tem como lembrar! E é exatamente o que percebi ao revisitar as postagens dos Eixos I, II, III, IV, V, VI VII, VIII e realizar reflexões durante este semestre sobre as mesmas.
Durante minha caminhada no Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura Modalidade a Distância da UFRGS tenho como principal aprendizagem: o hábito de reavaliar minhas próprias certezas, de questionar o que tomo por verdades absolutas.
Esta mudança ocorreu através das atividades propostas pelas interdisciplinas, textos estudados e principalmente questionamentos de meus professores. No que se refere aos questionamentos levantados pelos professores do curso posso citar como exemplo marcante as intervenções realizadas aqui em meu blog Portfólio de Aprendizagens. As indagações me possibilitam reavaliar minhas postagens, por exemplo, quando afirmei em meu Portfólio de Aprendizagens durante o Eixo VII que me preocupo com o fato de ainda existirem indivíduos alfabetizados e iletrados, fui questionada por um professor, se eu conheço algum caso que se enquadra nesta afirmação.
Para responder esta questão além de refletir sobre o que eu havia escrito, tive que argumentar com um exemplo: tinha um aluno que era capaz de ler perfeitamente, mas quando chegava ao final de uma frase não sabia dizer o que havia lido, não compreendia o texto, explicando ainda que o fato de saber ler e escrever nem sempre significa que o individuo seja letrado. Desta forma caracterizei o modelo de letramento na qual me referi nesta postagem, destacando que este aluno é “fruto de uma escola” que se preocupa apenas com um tipo de letramento, ou seja, decodificação do código de leitura e escrita.
Neste ambiente onde tenho liberdade para arrazoar minhas aprendizagens, dialogar com tutores e professores, posso também expressar minhas dúvidas e angústias como fiz no decorrer das postagens, por exemplo: ...”Não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver?” (Eixo III, Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem).
Segundo Albert Einstein: “O importante é não parar de questionar”, pois quando questionamos estamos sendo sujeitos críticos, curiosos e desacomodados. Características estas que considero fundamentais a qualquer indivíduo, principalmente para nós professores!