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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Terceira semana de setembro

Contos de fada

Ao retomar a interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem (eixo III), resolvi relembrar minhas reflexões a cerca dos contos de fada na literatura infantil, por considerar estes uma grande fonte de prazer e ludicidade na sala de aula.
Entretanto até a leitura do capitulo 7 do livro: Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado me sentia angustiada ao levar clássicos infantis para sala de aula pensando que estes já eram histórias ultrapassadas e que talvez as crianças de hoje não se interessam tanto por histórias criadas em outros tempos.
Preocupava-me também em contextualizar os contos, transpondo-os para a realidade cotidiana das crianças. Mas, os questionamentos de Ana Maria Machado proporcionaram-me refletir e relembrar algumas perguntas que já havia me feito há algum tempo sobre contos de fada, como por exemplo: não é absurdo contar histórias cheias de reis, rainhas, príncipes, princesas, como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, esquecendo as favelas, as casas populares e os sem-teto que nem ao menos tem um lugar para viver? Será que estas narrativas não são muito bobinhas e antigas para as crianças de hoje, muito mais sofisticadas intelectualmente e mais informadas, em plena era dos computadores? Não é anti-ecológico apresentar o lobo como um vilão, já que se trata de uma espécie de animal ameaçada e que precisa ser protegida?
Algumas destas perguntas já faziam parte de meu dia a dia, e continuavam sem respostas... No entanto o texto lido me fez entender que os contos de fada não precisam estar de acordo com a realidade cotidiana das crianças, nem tão pouco servirem de “lições de moral”, eles existem para abrir portas ao universo lúdico das crianças, para propiciar o prazer da leitura.
Mas, para que isso aconteça é fundamental que o professor conheça a história antes de contá-la (pois, ler uma história é diferente de contar uma história) e que acredite nela, não se importando com fronteiras entre o imaginário e o real, afinal os contos existem para propiciarem ao leitor ou ouvinte uma viagem ao mundo lúdico, onde novas experiências nunca imaginadas ou vividas possam acontecer!
Observo que depois de ter realizado estas reflexões me sinto segura ao contar um conto de fada aos meus alunos e que esta “segurança” de certa forma é transmitida para as crianças, pois elas ouvem os contos sem se importarem com a “vovó que sai viva de dentro da barriga do lobo”, porque embarcam em uma viagem onde tudo é possível...


Referência bibliográfica:
Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado
Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 145 pp.

Um comentário:

Roberta disse...

Liziane!!

Ao lermos um conto de fadas estamos dando asas a nossa imaginação e aos nossos alunos. Além de trabalharmos o lúdico estamos trazendo para eles o gosto pela leitura e mostrando que através dos livros a gente pode ser transportado para outros mundos.

Abraços
Roberta